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domingo, 18 de dezembro de 2011

"PS quer que Portugal pague a dívida"

Líder parlamentar do PS recusou hoje que Pedro Nuno Santos, vice-presidente da bancada, tenha defendido o incumprimento.
Carlos Zorrinho (foto) falava aos jornalistas depois de confrontado com declarações proferidas pelo vice-presidente da bancada do PS e ex-líder da JS, Pedro Nuno Santos, no sábado à noite, em Castelo de Paiva, em que defendeu que Portugal devia ameaçar deixar de pagar a dívida nacional.
"Nós temos uma bomba atómica que podemos usar na cara dos alemães e franceses - ou os senhores se põem finos ou nós não pagamos. As pernas dos banqueiros alemães até tremem", disse na altura em declarações captadas pela Rádio Paivense FM e retransmitidas hoje pela Renascença.
O presidente da bancada socialista disse ter ouvido já estas declarações de Pedro Nuno Santos "no seu contexto". Pedro Nuno Santos, segundo Carlos Zorrinho, "usou uma metafórica e uma imagética muito forte no contexto de uma festa, mas para dizer algo que tem de ser dito: Que Portugal quer pagar a dívida, que o PS quer que Portugal pague a dívida e que é completamente solidário com o cumprimento do memorando da Troika".
"Mas, para que Portugal possa pagar a dívida, é preciso que a Europa tenha outra política e tem de haver condições para o crescimento europeu. Portugal não pode pagar a dívida a qualquer preço", alegou o líder da bancada socialista.
Ainda de acordo com o presidente da bancada do PS, Pedro Nuno Santos "fez um alerta importante de que é preciso pagar a dívida, mas com condições".
Interrogado sobre o tom usado pelo vice-presidente da bancada do PSD para se referir aos alemães, Zorrinho advogou que "cada deputado tem o seu próprio".
"Cada deputado tem o seu estilo, a sua imagética. Precisamos que a União Europeia tenha uma política para o crescimento e que o Governo português não desista do crescimento, porque sem isso pagar a dívida é sobrecarregar sempre os mesmos, o povo português. Temos de pagar a dívida num contexto de crescimento", justificou o líder parlamentar do PS.
«Económico»

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