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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Ideias do Antigamente promovem os vinhos do Tejo em workshop

No âmbito do projeto “Ideias do Antigamente Promovem o Ambiente”, a divisão de ambiente e desenvolvimento sustentável (DADS) da Câmara Municipal de Santarém (CMS) organizou um workshop na Casa do Ambiente de Santarém, dia 13 pelas 15 horas, onde foram degustados alguns vinhos da Região apresentados por Marco Marques, enólogo da Comissão Vitivinícola Regional do Tejo (CVRT). Para esta apresentação, Marco Marques, selecionou seis vinhos que considera serem representativos da grande diversidade produtiva no Ribatejo. O técnico da CVRT deu a conhecer aos participantes no workshop, dois brancos, Vila Jardim (Sardoal) e Planície (Almeirim), respetivamente, um rosé, Serradyres (Tomar), e três tintos, Quinta da Alorna (Almeirim), Guarda Rios (Cartaxo) e Casal da Coelheira (Tramagal). Ao longo da prova dos vinhos, Marco Marques foi falando das características de cada um dos vinhos, da sua composição e da forma como se comportam quando são ingeridos. No tocante à adequação de um vinho à escolha gastronómica, o enólogo referiu que normalmente os vinhos que acompanham a refeição, devem ser os mesmos utilizados na confeção do prato. Marco Marques aproveitou a ocasião para falar da qualidade das castas nacionais, já que do seu contato com alguns especialistas de vinhos internacionais aferiu “que por serem tão únicas, conseguem distinguir-se no panorama internacional. Enquanto as castas estrangeiras estão superdivulgadas pelos quatro cantos do mundo, as nossas castas, por serem novas, têm um grande potencial”. Quando questionado sobre a importância da marca Vinhos do Tejo, que sucedeu aos Vinhos do Ribatejo, o técnico refere que “a mudança tem sido completamente positiva. Quer a nível nacional, quer internacional, não só através da mudança de nome, mas também através de outras campanhas que temos levado a cabo, registamos um aumento muito significativo das vendas de selos. Houve um aumento de cerca 30 por cento nos últimos três ou quatro anos”. Para termos uma ideia do sucesso das vendas, Marco Marques afirma que “só no primeiro semestre de 2011 exportou-se tanto vinho para fora da União Europeia (UE), como no ano passado todo”. De referir que, os Vinhos do Tejo têm como principais países de destino, fora da UE, Angola, Brasil e China, para onde têm aumentado as suas exportações. Por se tratar do último workshop de três que tiveram lugar este ano, Maria João Cardoso faz o balanço da edição deste ano do “Ideias do Antigamente Promovem o Ambiente”, que só termina em 2012, com a eleição do vencedor do concurso, que está a decorrer, Chapéu Mod´Ambiente". Segundo a chefe de divisão da DADS da CMS, o projeto “teve três pilares para o desenvolvimento sustentável, para a promoção da ideia que o desenvolvimento só é possível no equilíbrio da dimensão económica com a ambiental e com a social“. Este ano foi criada uma ação que consistiu num ciclo de quatro workshops sob a temática “Ambiente e Tradições”, que tiveram inicio a 25 de Novembro com a “Mostra de Produtos Regionais”, e terminaram com o workshop “Vinhos do Tejo”. Segundo a chefe do DADS o feedback refere que os participantes consideram “positivo promovermos o que é local”. É importante que as pessoas saibam que se produtos de qualidade. Estamos a falar de um bom vinho. Na semana passada no workshop de “Queijos e Azeite” conseguiu-se documentar que temos um bom queijo produzido na Região, um bom azeite e como se distinguem as suas características e a sua origem. Tivemos também um workshop de “Doces”, com os doces conventuais. Como é que se faz pão? Aqui também uma vertente muito forte em educação ambiental, para mostrar que o pão não vem do supermercado”. Este ciclo de workshops teve como objetivo mostrar que o que é tradicional é bom, é saúde e também nos traz um melhor ambiente, porque não tem emissões de gases com efeito de estufa associados. Maria João Cardoso afirma que a iniciativa teve um elevado êxito pela qualidade dos workshops, sendo a participação mais elevada do que no ano transato. Um indicador que mostra “que começa a haver algum conhecimento por parte da nossa população que todos os anos a DADS da CMS assume esta dinâmica de ações para o desenvolvimento sustentável e que nesta altura, em que o consumo é muitas vezes irracional, o consumidor tem aqui um papel preponderante nas suas opções”. A chefe da divisão de ambiente da CMS deixa um conselho “a prenda de Natal, tem que ser sustentável. Certamente com a contenção que temos. Mas pensar porque é que não posso optar por um produto local, desenvolvendo uma microeconomia e ajudando o nosso tecido empresarial mais pequeno”, que na razão direta resulta na manutenção e criação de postos de trabalho, para um equilíbrio da sociedade, acrescenta. Para o ano fica a promessa da quarta edição do “Ideias do Antigamente Promovem o Ambiente”, que este ano teve mais sucesso. Para 2012 espera ampliar a rede de parcerias, que considera fundamentais para se fazer a diferença em matéria de sustentabilidade. Este ano este projeto contou com a Associação Empresarial de Portugal, a Nersant, 30 artesãos, Comissão Vitivinícola Regional do Tejo e os produtores de azeite, parceiros que querem manter e para 2012 esperam ampliar o número de entidades associadas a este conjunto de ações

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