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sábado, 13 de agosto de 2011

Crise financeira força Portugal a mais austeridade


Um abrandamento económico mais agressivo na Europa colocará em causa o único motor de crescimento português.
A crise financeira internacional já está a pressionar os planos de consolidação das contas públicas portuguesas. Com a ameaça de um abrandamento económico mais acentuado tanto na Europa, como nos EUA, Portugal poderá ser obrigado a reforçar as medidas de austeridade para atingir as metas definidas com a ‘troika'.
Itália e Espanha anunciaram mais medidas de austeridade e até o ministro das Finanças irlandês - que, tal como o português, Vítor Gaspar, já tem um plano de austeridade da ‘troika' para aplicar - admitiu a possibilidade de ser arrastado pelas forças externas. Pode ser uma questão de tempo até Portugal anunciar também novas medidas de austeridade, ou admitir que, dadas as circunstâncias, as metas não serão cumpridas ao milímetro.
A economia portuguesa está cada vez mais encurralada. Depois de ter sido obrigada a desligar os seus dois principais motores de crescimento - o consumo público e a procura doméstica - arrisca-se agora a uma travagem brusca da única alternativa que lhe restava: as exportações.
O Diário Económico sabe que as instituições internacionais que negociaram o resgate português - Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional e Comissão Europeia - estão particularmente atentas ao impacto que o agravamento da situação financeira pode ter nos esforços de consolidação do Governo. Se a economia internacional abrandar, as exportações portuguesas ressentem-se e a recessão poderá ser ainda mais profunda do que os 2,2% de quebra que já estão previstos. Ora, se tal acontecer o objectivo de cortar o défice para 5,9% do produto interno bruto (PIB) fica mais difícil e poderá obrigar a um aperto maior. É também isso que está a ser avaliado pela missão internacional que está neste momento em Lisboa. A resposta deverá ser dada ainda esta semana, entre quinta e sexta-feira, numa conferência de imprensa que fecha a primeira avaliação ao cumprimento do memorando, apurou o Diário Económico.







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