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terça-feira, 19 de julho de 2011

Segurança Social investe na dívida nacional e sofre perdas

A Segurança Social investiu 950 milhões de euros em dívida pública portuguesa no ano passado e teve perdas de 7% devido à crise.

A Segurança Social fechou o ano de 2010 com activos de 13.473 milhões de euros no seu balanço, mais 3,4% face a 2009. E quase dois terços desse montante estavam aplicados em activos bolsistas, como acções e obrigações.

No coração da carteira de "títulos negociáveis" o destaque maior recai para o portefólio de obrigações soberanas que representavam, no final do ano passado, 68% do investimento da Segurança Social (SS), ou 5.983 milhões de euros, nos mercados financeiros. Trata-se de um montante 2,2% inferior face a 2009. Mas isto não significa que a SS tenha reduzido o investimento nestes activos. Pelo contrário, houve mesmo uma forte aposta em títulos de dívida de países, sobretudo no que se refere ao investimento em activos de dívida de Portugal, que ascendeu a 950 milhões de euros.
De acordo com a Conta Geral do Estado de 2010, só o investimento em bilhetes e obrigações do Tesouro da República atingiu os 543 milhões de euros, tornando-se mesmo no maior investimento da SS em 2010. Este montante contrapõe com o investimento líquido de 445 milhões de euros de toda a dívida soberana. Isto significa que a SS, à medida que foi reduzindo o investimento em obrigações de países como Áustria, Bélgica, Alemanha, Espanha, França, Grécia, Irlanda, Itália e Holanda, reforçou fortemente a aposta em títulos de dívida nacional. Nas contas do Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS), responsável pela totalidade dos "títulos negociáveis" do sistema da SS, o investimento em dívida pública portuguesa valeu ao FEFSS perdas de 7,57% neste período.

Mas além deste forte reforço em Obrigações e Bilhetes do Tesouro da república, a SS investiu adicionalmente 407 milhões de euros em instrumentos de financiamento de curto prazo do Estado (CEDIC), conhecidos como certificados especiais de dívida de curto prazo desenhados exclusivamente para investidores do sector público e emitidos pelo IGCP. Em declarações ao Económico, o Instituto de Gestão de Fundos de Capitalização da Segurança Social (IGFCSS), justifica a aposta em CEDIC por "estes investimentos corresponderem a uma diversificação das aplicações de tesouraria com o objectivo de diversificar o risco de contraparte"
Noutras palvras quer dizer que o Estado, investiu o dinheiro dos contribuintes, na sua propria divida e acabou por sofrer perdas 

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