Todos os dias ouvimos dizer que nós, os portugueses, somos diferentes dos gregos. Tanto em seriedade como na responsabilidade perante os compromissos assumidos. É este o discurso dominante e infantilizado, que nos oficiam à hora dos telejornais. Ou seja, nesta ladainha com que nos adormecem o espírito e a vontade, nós somos a formiguinha da fábula e os gregos a cigarra. Infelizmente para nós, esta litania de prometedor labor luso contra o folguedo grego não resiste à análise das incontornáveis Agências de Raiting. As mesmíssimas agências a quem pagamos – masoquistas que somos – nove milhões de euros por ano pelo seu serviço de consultadoria, e que teimam em deitar-nos abaixo juntos dos nossos credores internacionais de cada vez que se ouve um espirro lá para as bandas do Pireu Agora foi a Moody’s a cortar em quatro níveis o rating de Portugal, que desse modo passou a ser considerado “lixo” como o grego e com perspectiva de revisão futura negativa.
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