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sábado, 9 de julho de 2011

Alemães estão a pôr a zona euro em "risco de colapso"

Conselheira da comissão europeia e antiga ministra do trabalho diz que Portugal deve "exigir ser tratado como verdadeiro parceiro europeu".

Em entrevista à TSF, Maria João Rodrigues sublinha a importância de Portugal aplicar o plano da 'troika'. No entanto, lembrou que o país pode fazer escolhas sobre a forma como aplica as medidas, além de dever "exigir ser tratado como um verdadeiro parceiro europeu".

"Temos de ter a percepção de que a solução do nosso problema passa pelo que a Europa vai fazer e pelo esforço nacional. O programa de austeridade tem de ser executado, sob pena de penalização, mas há margem para escolhas", sublinha a antiga ministra do trabalho.

Diz a responsável que "é preciso cortar, mas também fazer investimentos críticos para o crescimento". E deixa o conselho: "No sistema fiscal, a escolha tem de ser pela equidade, a reforma da administração pública tem de preservar o sentido de serviço público nos transportes, na saúde e na educação. Nas exportações, deve optar-se por reduzir os custos do trabalho e no emprego optar entre o despedimento e o estímulo".

Sobre o Conselho Europeu, Maria João Rodrigues considera que as conclusões "podem ficar aquém daquilo que a Europa precisa": "Está em curso um parto difícil. A grande reforma da governação económica está a mexer com muitos aspectos", salienta.

Mas o "pomo da discórdia está a girar em torno de como é que se lida com o caso grego e, de uma forma geral, com os países com elevada dívida pública", sendo que "a Alemanha defende que os bancos assumam parte das perdas, mas esta posição é um grande risco, porque a acontecer vamos ter a falência do sistema bancário grego e, por arrasto, grandes rombos financeiros em vários bancos europeus e no próprio BCE. Aí teremos um real risco de colapso na zona euro", conclui.


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