.

.

.

.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

É mais uma voz a juntar-se a tantas outras que há anos vêm pregando no deserto.
Muitos políticos até tinham consciência que isto viria a acontecer mas...os tachos e a clientela têm acabado por falar mais alto.
Seja como for, isto só tem um nome: INCOMPETÊNCIA.
Ficamos por aqui para não entrarmos noutros meandros que cabem aos tribunais julgar.
Em várias circunstâncias da nossa história, muitos foram julgados e condenados por factualidade menos grave.
Agora, o que está feito, feito está. É pena que tenha de pagar o justo pelo pecador.
Mas isso já são contas mal paradas do nosso rosário, que vêm de longe.
Várias vezes aqui dissemos e voltamos a assumir isso mesmo: há gente que nem de porrada é farta!
Nunca vão aprender com os erros.
Não aprenderam com os erros do passado e não vão aprender nunca.
Daqui a meia dúzia de anos, o ciclo vai repetir-se e virão de novo os fazedores de promessas para engordar à custa dos mesmos de sempre.
Razão tinha o General Galba, que foi um dos primeiros governadores romanos na península, no Séc III antes de Cristo e que transmitiu ao Imperador,o seguinte:
«Há, na parte mais ocidental da Ibéria, um povo muito estranho: não se governa nem se deixa governar!»
E, sem queremos de modo algum, discordar do general, acrescentamos: "À custa deste mesmo Povo muitos se têm governado... e bem!...
F. Soares

5 comentários:

Anónimo disse...

Hoje no CM mais uma do nosso "querido" ex-primeiro ministro que nunca foi investigado

Offshore congelada na Inglaterra

O Ministério Público (MP) mandou arrestar uma conta offshore com 44 mil euros no banco Lloyds, na ilha inglesa de Guernesey, detida por António José Morais e a sua ex-mulher Ana Simões – ambos arguidos no processo Cova da Beira por suspeitas de corrupção na adjudicação da obra da central de compostagem de lixo à empresa HLC. O pedido foi feito em 2009, mas só este ano foi concretizado pelas autoridades inglesas.

1h00
Nº de votos (5)
Comentários (0)

Por:Ana Luísa Nascimento/Sónia Trigueirão





A denúncia anónima que deu origem à investigação da Polícia Judiciária, em 1997, garantia que o dono da HLC, Horácio Carvalho, teria pago cerca de 1,5 milhões de euros ao presidente da Câmara da Covilhã, Jorge Pombo, ao seu assessor João Cristóvão e a José Sócrates, então secretário de Estado do Ambiente, para viciarem o concurso da obra.

A empresa Ana Simões & Morais, pertencente ao ex-professor de Sócrates, António Morais, e à ex-mulher deste, teria sido o veículo da viciação, uma vez que tinha a função de elaborar um relatório sobre as empresas candidatas, que acabou por ser positivo para a HLC.

No decorrer da investigação, apenas se conseguiu seguir o rasto a 58 mil euros. Sócrates e Cristóvão nunca foram alvos de buscas domiciliárias por decisão do Ministério Público.

Já nas buscas domiciliárias a Horácio Carvalho, a PJ encontrou o rasto de pelo menos quatro transferências para António Morais. Duas delas faziam mesmo referência, no objecto de pagamento, a consultadoria prestada pelo arguido sobre o processo da Cova da Beira.

Desde 2003 que a Polícia Judiciária e o Ministério Público sabiam da existência da conta. Tanto que em resposta a um pedido das autoridades portuguesas nesse ano, o banco Lloyds informou que estavam à ordem os cerca de 58 mil euros. Actualmente a mesma conta terá menos 14 mil euros.

Tanto o empresário Horácio Carvalho como António Morais alegam que o dinheiro resulta de pagamentos por serviços prestados pelo segundo em obras semelhantes à da Cova da Beira no estrangeiro, nomeadamente na Polónia e em Inglaterra.

Duas das testemunhas de Horácio Carvalho ouvidas em Inglaterra confirmam esta versão e acrescentam saber que houve um erro no processamento das transferências.

Segundo dados do processo, Ana Maria Simões alega que não sabia da existência da conta. Morais tentou passar a titularidade da conta para a filha numa altura em que já decorria a investigação, em 1999.

ARGUIDA CONTA MAUS TRATOS NO PROCESSO

Ana Simões, ex-mulher de António Morais, garante que era o ex-marido quem controlava a empresa Ana Simões & Morais e que muitas vezes assinava documentos sem os ler porque este surgia com eles quando estava com pressa.

A arquitecta fala da sua vida conjugal no processo para mostrar o tipo de relação que tinha com António Morais e demonstrar que a sua vida era controlada. "Nunca a vida foi fácil para a arguida durante o casamento e piorou após o divórcio", lê-se no documento feito pela sua defesa, que acrescenta: "Após o divórcio, em 2004, os maus tratos de que foi vítima durante o casamento pelo seu marido, não só se mantiveram como se acentuaram".

A arguida fala em violência psicológica durante anos e explica que até a criação da empresa Ana Simões & Morais foi "pensada por António Morais", e que ela se "limitava a colaborar com o seu saber técnico em trabalhos de arquitectura que eram pedidos à sociedade".

A defesa de Ana Simões conclui que a arquitecta "não negociava nada nem controlava receitas e custos". Aliás, é através do ex-marido que tem conhecimento de que foi adjudicada à empresa a elaboração do programa de concurso e caderno de encargos para a construção da estação de tratamento de lixos da Cova da Beira.

Ana Simões revela ainda que apesar de ter assinado como gerente da empresa o caderno de encargos, não foi ela quem o elaborou.

Anónimo disse...

Também penso que muitos políticos e gestores da nossa praça, à semelhança do que aconteceu noutros países, deveriam ser julgados e responder pelos crimes de gestão danosa e até em alguns casos de enriquecimento rápido e sem causa (que o mesmo será dizer: ilícito) que levaram a efeito.
Este forrobodó, mais cedo ou mais tarde teria de acabar. Aliás, nunca deveria ter começado.
Foi um fartote para muita gente estes "anos áureos" em nome da democracia.
Nunca se viu tantas auto-estradas, tantas rotundas, tantos estádios de futebol, tantas Fundações, projectos de aeroportos, TGV,s etc. sem dinheiro.
É caso para dizer que temos vivido num País fictício, gerido por gente faz-de-conta.
E agora, quem vai assumir as responsabilidades?
A crise, como é evidente.

M.Ramos

Anónimo disse...

Gosto deste comentador M. Ramos porque escreve realmente aquilo que a maior parte de nós sentimos. Subscrevo inteiramente as suas palavras. Todos nos interrogávamos de onde vinha tanta "massa" e apregoávamos que um dia isto ia acabar mal. Vai acabar péssimo.

Anónimo disse...

Acrescento que os que alertavam para o despesismo sem controle, para as obras de novo-riquismo eram acusados de "Velhos do Restelo", pessimistas, serem "sempre do contra".
Mas este povo inculto não se cansa de apanhar porrada.
Já com sinais de grave crise económica vieram os mesmos de sempre vender a imagem que se Portugal fizesse o Mundial de futebol seria uma operação altamente lucrativa.
Felizmente que perdemos a realização desse evento.
No entanto, a populaça já delirava com mais um sorvedouro de dinheiro público.
Ainda hoje continuam alguns a defender que o TGV se deveria ter feito.
Como há tempos disse um sacerdote com voz crítica, a imagem de Portugal é de uma barraca com um submarino à porta.
Que imagem mais nítida.
95% dos que defendiam o TGV nunca iriam viajar.
Porque se deslocariam de avião para qualquer capital que não fosse Madrid (mais rápido e mais barato), ou porque se deslocariam a Madrid de carro, ou na maior parte dos casos, porque não teriam dinheiro para viajar.
Mas o que esta gente gosta é de festa, inaugurações e obras de fachada.
Agora que aparece a conta, dizem que não têm culpa.
Pois a conta pertence-vos inteiramente!
Há mais de 30 anos que mandatam corruptos ora do PS, ora do PSD/CDS para delapidarem o erário público.
Paguem e não bufem! A festa acabou....

Anónimo disse...

Ao passar por aqui não poderia deixar de felicitar todos os comentadores do Jornal Alpiarcense e o seu Administrador por trazerem a lume aquilo que muitos não gostam de ouvir. Esses tais que quando há alguns anos alguém chamava à atenção para o desfecho desta triste realidade, se punham em bicos de pés defendendo a teoria de que gastando acima do que se ganhava é que estava certo. O que contava era o investimento. O resto se resolveria por si próprio. Nunca percebi tal pensamento em matéria económica de tão ilustre engenharia financeira. Mas enfim, não podemos perceber tudo.
O tempo foi correndo e a verdade nua e crua, resultado dessa grande visão económica e financeira, parece estar a ser revelada. E pelos vistos continuamos a saber pouco do muito que se passou. Pouco a pouco lá chegaremos.
Só me apetece dizer:" grandes nabos me saíram!"

Um leitor