Francisco Louçã surpreendeu os militantes ao anunciar no final do plenário em Lisboa que não voltará a ser candidato a deputado. Numa altura em que o partido discute a sucessão do grupo de fundadores, após uma derrota eleitoral nas legislativas, Louçã auto-impôs um limite para a sua continuidade como deputado: 2015.
Fontes contactadas pelo SOL dizem que o anúncio não era esperado, neste contexto e neste tempo. Louçã tinha aliás aberto o plenário de militantes com uma declaração ‘conservadora’, uma semana antes. Na sexta-feira passada, a segunda parte do plenário decorreu normalmente, até que no final a declaração deixou um «burburinho na sala».
A saída como deputado implica a saída do lugar de coordenador da Comissão Política, ou seja, de líder do partido, até 2015. Mas Louçã pode estar «a tentar ganhar tempo» com este anúncio, segundo uma fonte do BE. Se em 2012 houver uma Convenção antecipada (como deve ser decidido em Setembro), Louçã poderá ser reeleito nela para um mandato que termina em 2014. Assim, só um ano antes das legislativas o partido fará a escolha da nova liderança.
A reforma dos pais fundadores do BE fica assim apontada para 2014. Com Miguel Portas (que já não integra a direcção), Francisco Louçã e Fernando Rosas (que já não é deputado) de saída, Luís Fazenda também «não terá condições para continuar», diz ao SOL fonte bloquista.
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