Por: Ramiro Marques |
Nuno Crato mal teve tempo para aquecer o lugar. A campanha em curso para o descredibilizar ganhou força nos últimos dias e conta com a união de forças políticas díspares.
O objetivo é paralisar Nuno Crato, impedir que ele aplique a agenda reformista, desmantele a hegemonia da ideologia facilitista e desresponsbailizante na educação e deixe tudo na mesma.
Assistimos à confluência de várias forças políticas imobilistas, que não querem que a educação mude, que pretendem manter a planificação central da educação e o dirigismo pedagógico do ministério da educação em nome da uniformidade.
Esquerda e uma certa direita imobilista e antiliberal, que julgam que reformar a educação é reforçar o monopólio estatal sobre as escolas, estão de mãos dadas e assim vão ficar ao longo de toda a legislatura que agora começa.
Se Nuno Crato não desmantelar as estruturas burocráticas, capturadas há décadas pela união das forças políticas antiliberais, à direita e à esquerda, não vai ser capaz de cumprir o programa do governo para a educação.
Corre o risco de se desgastar em querelas político-sindicais e acabar o mandato deixando tudo na mesma.
Se isso acontecer, temos de chegar à conclusão de que o sistema educativo português é irreformável, capturado que está pelas forças políticas imobilistas, estatistas e antiliberais. O ressentimento que por aí vai, dá gás à campanha em curso. Aqueles - e são muitos - que não querem competição no sistema, diversidade nas ofertas educativas nem liberdade de escolha vão abrindo caminho ao ressentimento.
Nuno Crato não deve perder um minuto a responder às acusações dos imobilistas. O tempo de falar acabou. Agora, é tempo de agir.
Sem comentários:
Enviar um comentário