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domingo, 10 de julho de 2011

Governo pede avaliação rigorosa das empresas municipais


O primeiro-ministro afirmou ontem perante cerca de 600 autarcas que a reforma administrativa que o Governo vai empreender, implica também «uma grande exigência e rigor» na avaliação do desempenho das empresas municipais.

«O país dificilmente compreenderia que o esforço que estamos a pedir não fosse exemplarmente cumprido pelas administrações públicas aos seus mais diversos níveis», afirmou Pedro Passos Coelho na sessão de encerramento do XIX Congresso da Associação Nacional de Municípios Portugueses.

O primeiro-ministro disse que da mesma maneira que se deve «atalhar o 'Estado paralelo'», se deve preservar «o mesmo princípio quer para a administração regional quer para a administração local».

Uma tarefa que segundo o primeiro-ministro «implica também uma grande exigência e rigor na avaliação de desempenho das empresas municipais com vista à sua manutenção, alteração ou extinção».

Passos Coelho adiantou ainda que está praticamente concluído o levantamento do sector empresarial municipal, que resulta de uma análise da avaliação da sua utilidade pública e da «racionalização sustentada da despesa».
(sol.sapo.pt/inicio/Politica/Interior.aspx?content_id=2375010 jul. 2011 – Alguns exemplos:Constância e Barquinha, Entroncamento e Torres Novas,Almeirim e Alpiarça.Haverá outros nas mesmas condições. ... Passos Coelho taxou tudo cortou em tudo suspendeu os contractos das infra estruturas ...)
Lusa/SOL

1 comentário:

Anónimo disse...

Bancarrota portuguesa: da "morte lenta" à dívida "lixo"
No espaço de dois anos e meio, a probabilidade de default da dívida portuguesa multiplicou 5 vezes, saltou de 11,7% para 59%. Da "morte lenta" decretada pela Moody's à classificação de dívida "especulativa" pela... Moody's.
Jorge Nascimento Rodrigues (www.expresso.pt)
9:16 Sábado, 9 de julho de 2011

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A 7 de julho o custo dos credit default swaps (cds, derivados financeiros que funcionam como seguros contra o risco de incumprimento) ligados à dívida soberana portuguesa ultrapassou o limiar dos 1000 pontos base, fixando um máximo de valor de fecho em 1023,63 pontos base. No dia seguinte, fechando a semana, atingiu 1087,53 pontos base.

Convém recordar o filme da evolução do custo dos cds e da probabilidade de default a ele associado.

Segundo dados da CMA DataVision, podemos reconstruir o filme referindo os dados relativos ao primeiro e último trimestres desde 2009.

Curiosamente, o filme começa com a Moody's a decretar a "morte lenta" de Portugal e chega ao atual intervalo com a mesma Moody's a classificar a dívida portuguesa de "especulativa" (vulgo nos mercados, junk status, "lixo").

1º trimestre de 2009: o risco de default finalizou em 11,7%, o custo dos cds fecharam em 139,6 pontos base, e Portugal ocupava o 25º lugar no ranking dos países com maior probabilidade de entrar em incumprimento.

4º trimestre de 2009: o risco baixou para 6,2%, o custo dos cds contraiu-se significativamente para 74 pontos base, e Portugal desceu substancialmente para 47º lugar no ranking. Nada faria, aparentemente, prever a tormenta que se desencadearia no ano seguinte.

1º trimestre de 2010: o risco subiu de novo para 11,7%, o custo dos cds estava em 139,6 pontos base e Portugal subiu para 26º lugar, uma situação quase similar à do início de 2009. Neste trimestre, a Moody's a 13 de janeiro veio falar da "morte lenta" da Grécia e de Portugal, amalgamando as duas situações, apesar da Grécia ter 25% de risco e estar em 9º lugar no ranking.

4º trimestre de 2010: o risco continuou a subir e fixou-se em 35,9%, o custo dos cds aumentou para 497,3 pontos base, e Portugal galgou 22 lugares no ranking, posicionando-se em 4º lugar (depois da Grécia, Venezuela e Irlanda).

1º trimestre de 2011: o risco prosseguiu a subida até 40,1%, o custo dos cds passou para 578,6 pontos base, e Portugal conservou o 4º lugar no ranking.

A 8 de julho, já depois da assinatura do memorando de entendimento com a troika em maio, o risco de default fechou em 59,07%, o custo dos cds em 1087,53 pontos base, e Portugal conserva o 2º lugar do ranking, a que chegou esta semana. Nesta primeira semana de julho, a Moody's classificou a dívida portuguesa como "especulativa" (junk status, na gíria, ou seja "lixo").

No espaço de dois anos e meio, o custo dos cds multiplicou por 7 vezes e a probabilidade de default aumentou mais de 47 pontos percentuais, ou seja multiplicou por mais de 5.

Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/bancarrota-portuguesa-da-morte-lenta-a-divida-lixo=f660308#ixzz1RjTC8l4T