O Instituto Nacional de Estatística divulgou hoje os primeiros resultados dos Censos 2011, revelando que a população regista um ligeiro crescimento em relação a 2001, data dos últimos censos.
De acordo com os resultados preliminares dos Censos 2011 verificou-se em Portugal um ligeiro crescimento da população em relação a 2001: a população residente cresceu cerca de 1,9% e a população presente cerca de 3,2%.
Em dez anos Portugal ganhou 199.736 residentes,17.600 habitantes devido ao saldo natural entre nascimentos e mortes. O saldo migratório, entre os que entraram e saíram de Portugal, é responsável por 182.100 novos habitantes.
As famílias também apresentam um crescimento mais significativo, cerca de 11,6%. Relativamente a 2001, também se verifica um elevado crescimento dos alojamentos e dos edifícios, cerca de 16,3% e 12,4%, respectivamente.
Os maiores crescimentos da população e das famílias, bem como dos alojamentos e edifícios, ocorreram nas regiões do Algarve e Autónoma da Madeira. Nestas regiões, o crescimento dos alojamentos atingiu níveis muito elevados, 36,9% e 36,0% respectivamente.
Nos últimos 100 anos, diz o INE, a evolução da população residente em Portugal foi “globalmente positiva”. A população cresceu sistematicamente entre dois censos consecutivos, à excepção da década de 60, em que registou uma quebra, e da década de 80 em que estabilizou.
Em 2011, a população presente cresce mais do que a residente (3,2% contra 1,9%), o que poderá significar, explica o INE em comunicado, “uma menor mobilidade dos residentes ou uma maior presença de presentes não residentes. Só os resultados definitivos esclarecerão estas questões.”
Mulheres continuam em maioria
De acordo com os resultados preliminares dos Censos 2011, Portugal continua a ser um país com mais mulheres que homens. A relação de masculinidade (rácio homens/mulheres) continua a acentuar essa tendência, tendo passado de 93% em 2001 (dados definitivos) para 92% em 2011. Actualmente há 92 homens por cada 100 mulheres.
Santa Cruz é concelho que ganha mais residentes, Alcoutim o que mais perde
Na análise dos resultados preliminares dos Censos 2011 seleccionaram-se os cinco municípios com maiores variações (positivas e negativas) da população residente.
Destacam-se, com crescimentos acima dos 40%, os municípios de Santa Cruz (44,7%) na Madeira, e Mafra (41,2%) na região de Lisboa. Fazem ainda parte do grupo dos 5 mais, com crescimentos superiores a 30%, os municípios de Alcochete (35,0%), Montijo (31,0%) e Sesimbra (30,9%).
Nos municípios que perderam mais população destacam-se, com perdas superiores a 20%, os municípios de Alcoutim (-23,2%) e Armamar (-21,9%). Integram também este grupo, os municípios de Idanha-a-Nova (-17,7%), Mourão (-17,5%) e Carrazeda de Ansiães (-17,3%).
Também em relação aos alojamentos há fortes discrepâncias no país e acentuam uma velha tendência: os municípios que apresentam maiores variações do número de alojamentos têm uma característica comum com os que têm maiores variações da população - os crescimentos situam-se no litoral enquanto os decréscimos se situam no interior.
Contudo, salienta o INE, os valores dos crescimentos dos alojamentos são bastante superiores aos da população.
Os crescimentos mais significativos em termos de alojamento verificam-se nos municípios da Madeira: Porto Santo e Santa Cruz com 85,5% e 67,5%, respectivamente. Dois municípios do Algarve apresentam crescimentos superiores a 50%: Portimão (54,0%) e Tavira (51,5%).
"Êxito assinalável" dos Censos 2011, diz INE
A realização da operação Censos 2011 decorreu com um "êxito assinalável", diz o INE. Os resultados provisórios e definitivos serão divulgados respectivamente no 1º e 4º trimestres de 2012.
O XV Recenseamento Geral da População e o V Recenseamento Geral da Habitação decorreu de 7 de Março a 24 de Abril e além da entrega e recolha porta-a-porta dos inquéritos em papel, uma operação que começou a ser estudada há cinco anos pelo INE, este ano, pela primeira vez, o recenseamento foi também realizado através da internet.
Segundo dados do INE, 5,3 milhões de pessoas, residentes em 1,9 milhões de alojamentos, escolheram o computador em detrimento do papel.
Durante o processo de recenseamento, a linha de apoio telefónico recebeu quase 45.000 chamadas até 11 de abril e muitos dos utentes queixaram-se do serviço.
Também algumas perguntas do questionário levantaram dúvidas e lançaram alguma polémica, nomeadamente a questão relativa aos recibos verdes, que levou um grupo de cidadãos a interpor uma acção judicial, exigindo a retirada da questão, que o Tribunal Administrativo de Lisboa julgou improcedente.
A Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD) impossibilitou que o INE usasse ou disponibilizasse as respostas dadas ao inquérito sobre as uniões de facto e as pessoas não residentes que estavam em casa a 21 de março, a data de referência do recenseamento.
«Lusa»
2 comentários:
Curioso seria verificar se esse aumento se deveu a cidadãos nascidos em território nacional, filhos de pais e mães portugueses ou a imigrantes.
Nós que fomos colonizadores estamos a ser colonizados por ciganos romenos, africanos, brasileiros.
Não viria mal ao mundo se eles se integrassem na nossa civilização, adoptassem os nossos hábitos e a nossa cultura.
Mas vivem em grupos à parte, que se auto-marginalizam e que salvo raras excepções não fazem o mínimo esforço para se integrarem.
A única interacção que têm e procuram com a nossa cultura é beneficiar do Estado Social.
Vamos a ver se com o inevitável fim dessas estruturas se continuarão a mandar vir os seus conterrâneos para a "terra prometida".
Os que voltarem, deixarão um significativo déficit na nossa Segurança Social/IPSS.
Nada contribuíram para Portugal, beneficiaram e ...até um dia.
O povo português contribuinte, que pague!
Sou da mesma opinião. Admiro-me até que não haja um político (para além de Paulo Portas)que tenha a coragem de o admitir.
Destes milhares de migrantes que andam por cá, apenas uma parte reduzida produz. O resto é uma cambada de chulos que temos de sustentar com o dinheiro dos nossos impostos sem qualquer retorno, a não ser aumentar a população, comer e beber à borla.
É falado que as famílias mais carenciadas, com muitos filhos vão ter um reforço monetário da parte do governo para atenuar mais a crise...
Se não houver uma filtragem a esta gente que vive apenas do roubo e da pedincha...podemos contar com mais uns milhares de ciganos vindos dos Balcãs para nos difilcultar e infernizar mais a vida.E mais, deixando rebentos que dificilmente se vão integrar na nossa sociedade e que teremos de sustentar "ad eternum".
Só que discutir esta situação é para os políticos algo complicado, conforme já percebemos.
Esperemos que, para resolver estas questões, não seja necessário também intervenção externa.
Leitor atento
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