«A Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal revela que há empresários que vêem o suicídio como a única saída para a falta de rendimentos causada pela crise».*O problema que se apresenta é saber se os empresários de restauração alguma vez foram preparados para “embates de crise” ou se estavam capazes, em termos económicos, de se confrontarem como uma crise.
Só agora é que a respectiva associação se apercebeu das dificuldades dos seus sócios ou está mais preocupada com a falta de rendimentos?
Outra questão que se pode colocar é: se os empresários de restauração tem capacidades para explorar os seus estabelecimentos ou se habituaram apenas a comercializar à custa do Estado e respectivos subsídios ou se nunca souberam adequar-se às mudanças da sociedade e do consumidor?
Outra dificuldade da associação é aceitar que os «tempos mudaram» e que o pequeno comércio que ainda existe não passa de uma “teimosia” dos comerciantes mais idosos que tem os seus estabelecimentos abertos por uma questão de sobrevivência para agora “apanhados” pela crise e para os encerrar usa, a associação, a ameaça do «suicídio como a única saída para a falta de rendimentos».
Velhos argumentos de impressionar as estruturas governamentais com o fim de obter mais algumas ajudas.
Em termos de conclusão: o que a associação quer é mais um “aspirina” para a acalmar a doença quando deve é tratá-la de vez.
Fora do debate associativo, fica os novos investidores e comerciantes que sabem rentabilizar os vários nichos do mercado onde alguns estão a ter um enorme sucesso.
«*Antena 1»
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