Já em 2011, o Produto Interno Bruto (PIB) português vai contrair dois por cento. Uma das consequências imediatas é a diminuição do poder de compra das famílias, mas - ao mesmo tempo - os preços vão aumentar. Tudo junto, os dados do BdP são arrasadores para as previsões mais optimistas.São as previsões de Verão mais enubladas de que há memória. Quem governa avisou que os próximos tempos são de dificuldades.
A ‘troika’ não deixa grande margem de manobra.Os portugueses atentos parecem ter decidido que o melhor é comprar menos e poupar mais.
É por isso que a procura interna deve cair mais de seis por cento, no fim do ano. Sinal de que há muito menos investimento das empresas, menos compras das famílias e menos gastos do Estado.
Enquanto os portugueses passam a ter cada vez menos dinheiro disponível, o BdP encarrega-se e deixa outra má notícia.
A inflação vai subir mais do que o que era esperado até agora: 3,4 por cento acima de todas as recomendações europeias.
O investimento, por cá, vai dar um tombo de quase 11 por cento este ano e dez por cento no próximo.
Se já se percebeu que os tempos que aí vêm vão ser difíceis, a instituição liderada por Carlos Costa fez as contas e dois anos depois da última recessão o PIB português volta a contrair dois por cento em 2011.
Bem acima das últimas previsões do banco central, que ainda não tinha em conta as consequências das medidas que o Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Central Europeu (BCE) e Comissão Europeia (CE),consideraram fundamentais para recuperar a economia.
Em suma: nos próximos anos, só as exportações nacionais podem diminuir o problema e subir quase oito por cento este ano.
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