Empresa Municipal, Entidade Reguladora e Direcção Geral de Saúde garantem qualidade da água da torneira
A ÁGUAS DO RIBATEJO tomou conhecimento de insistentes movimentações de empresas que comercializam sistemas, alegadamente, “purificadores” de água para instalação em torneiras domésticas. Segundo relatos que nos chegam de clientes, utentes e autarcas, essas empresas alegam que a água que servimos na região é de má qualidade e sugerem fazer demonstrações nos domicílios dos utentes contactados.
Nessas demonstrações são usados reagentes que alteram a tonalidade, o sabor e outras características da água, convencendo desde modo que pode estar em risco a saúde dos consumidores.
A ÁGUAS DO RIBATEJO, corroborando uma posição reafirmada pela Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) e pela Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagem de Águas (APDA) reitera a sua posição sobre a utilização deste tipo de “purificadores da água”, na sequência de outras já anteriormente veiculadas.
Alegando a má qualidade da água distribuída, tais empresas vendem sistemas de filtros que dizem melhorar aqualidade da água, mas que, ao invés, transformam a água distribuída num produto não aconselhável ao consumo humano, deficitário em sais minerais, essenciais à saúde humana (cálcio, ferro, magnésio, sódio e potássio). A maior parte destes aparelhos utilizam processos de osmose inversa ou de permuta iónica, que removem os sais dissolvidos da água. Uma das “demonstrações” geralmente levadas a cabo na casa do consumidor é a da electrólise da água, que consiste na separação dos compostos químicos existentes na água através da corrente eléctrica.
Importa, mais uma vez, salientar que as concentrações de compostos químicos na água para consumo humano têm de cumprir os valores paramétricos estipulados no Decreto-Lei n.º 306/2007, de 27 de Agosto, que rege a qualidade da água destinada ao consumo humano. Refira-se que esses valores paramétricos, foram estabelecidos a nível europeu e em articulação com as recomendações da Organização Mundial de Saúde, tendo por objectivo proteger a saúde humana.
Para a vigilância da qualidade da água as Entidades Gestoras de sistemas de abastecimento de água, onde se inclui a ÁGUAS DO RIBATEJO, executam, de acordo com o estabelecido no referido diploma legal, um controlo de qualidade da água para consumo humano, assim como um controlo operacional nos diferentes órgãos do sistema de abastecimento, desde a captação à torneira do consumidor.
A APDA e a Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) asseguram que a água distribuída pelas Entidades Gestoras é obrigatoriamente controlada por análises rigorosas efectuadas na torneira do consumidor, sendo que os resultados obtidos são divulgados trimestralmente pelas Entidades Gestoras e periodicamente sujeitos a inspecções da Entidade Reguladora.
A ÁGUAS DO RIBATEJO reafirma que no ano passado foram realizadas cerca de 8500 análises à água e o nível de não conformidades foi na ordem de um por cento. Todas as situações de anomalias registadas, que foram reportadas à Autoridade de Saúde, foram corrigidas sem que se verificasse qualquer risco para a saúde pública.
O Director-Geral de Saúde defende o consumo de água da rede. Francisco George emitiu um despacho para que a água da torneira substitua as garrafas em reuniões e eventos e também para promover o consumo de água da torneira junto de todos os "funcionários, colaboradores e visitantes".
Em declarações ao DN, o Director-Geral de Saúde afirmou que a água da torneira é de excelente qualidade, permite reduzir os resíduos (plástico, vidro e metais usados nas águas engarrafadas), e é muito mais barata.
No mesmo artigo, o presidente da Associação de Médicos de Saúde Pública aconselha o consumo da água da torneira e diz que ele próprio tem estimulado a ingestão de água das redes públicas.
A ERSAR garante que os incumprimentos registados, que não chegam a atingir dois por cento nas análises realizadas em todo o País, “não têm impacto na saúde humana”.
Também a Quercus aconselha o consumo de água da torneira. Quando se sentir o sabor a cloro, usado para desinfectar a água e proteger os consumidores, os técnicos aconselham que se deixe a água num jarro ou copo para que o cloro possa evaporar-se e depois pode consumir-se com um sabor normal e sem qualquer consequência para a saúde.
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