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segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Taxa sobre sacos vai criar falências e desemprego

A taxa de 8 cêntimos por cada saco de supermercado que o Governo pretende implementar em 2015 vai ter um impacto negativo na economia, não devendo o Estado arrecadar a receita prevista de 40 milhões de euros, diz a indústria.


A redução na procura de sacos de plástico, caso vá avante a taxa proposta, terá impacto junto dos fabricantes portugueses de sacos de plástico. "Muito poucos ou nenhuns consumidores/utilizadores de sacos estarão disponíveis para pagar uma taxa, que corresponde a mais de 500% do valor comercial dos mesmos. Não havendo procura e necessidade de fabrico, à generalidade dos fabricantes, essencialmente PME, não restará outra solução que o seu encerramento por extinção da sua atividade", considera Borges Amaral, da direção da Associação Portuguesa das Indústrias de Plástico (APIP).
Só na fabricação estarão em causa perto de 1500 postos de trabalho, aos quais se somarão outros da cadeia de valor. "Podem estar em risco algumas dezenas de indústrias, mais de 1500 colaboradores, um volume de negócios superior a 40 milhões de euros, dos quais cerca de entre 30 a 40% para o mercado externo", alerta Borges Amaral.
"O pior de tudo é que o Estado nem terá as receitas previstas de mais de 40 milhões de euros. Vai sim receber muito menos contribuições das empresas deste setor, muito menos contribuições dos trabalhadores e aumentarão com certeza os encargos sociais por milhares de postos de trabalho que irão estar em risco", conclui Borges Amaral.
«DV»

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