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quinta-feira, 21 de agosto de 2014

OPINIÃO: «O Pedro é que abria as portas todas»

Por: Anabela Melão


«Só à medida que o tempo passa nos vamos apercebendo bem dos privilégios, para não dizer da falta de ética que vigorava entre muita gente que vivia entre a política e os negócios e os negócios e a política», disse Passos Coelho, armado em senhor-sério-demais, na arenga do Pontal.
Para que foi estrategicamente "colocado", acamando o seu currículo feito de cunhas e alavancas, na Fomentinvest, senão para "aprender" com os de cima, os da administração, que incluia o inquestionavelmente impoluto Ricardo Salgado? Quando o mestre é bom o aprendiz esforça-se? Chegou à altura do mestre ou superou as expectativas? As expectativas de um grupo económico que entrega um cargo de (apoio) à direcção a um jotinha fardado de cor-de-laranja são perfeitamente perceptíveis: investir na sua "educação" para chegar a secretário-geral da barraca, servindo de gueixa aos seus mentores! A prova disso foram as conhecidas e afamadas peripécias da Tecnoforma. Como é que era? «O Pedro é que abria as portas todas»! Mas para que não fique a ideia de que a relação era meramente profissional-interesseira-tráfico de influências, lembremo-nos dos 10 telefonemas feitos por José Maria Ricciardi a «Pedro», «o das Chaves» - esse mesmo!, para que atinasse com o rumo a dar às privatizações. Somos (fomos) lixados por gente que se dá bem! E o que nos lixa é que esta gente está longe de ser "de bem"! Sabe, muito bem, isso sim, como nos atirar areia para os olhos e esperar que nós, cansados e esmorecidos, enfiemos, com um ar trágico-dramático, a cabeça num monte de areia cujo fedor atinge já os céus. Ó Pedro, e "chaves" para "lá" entrar, arranjam-se!? Nem se vá em trupe ao domingo à missa nos Jerónimos! Havíamos de ir lá todos, em comitiva, ladeando o Governo, antes de começar a nova temporada deste "serial killer"! Isso é que era! 

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