Hoje é dia de recordar Álvaro Cunhal, que nasceu em Coimbra,
a 10 de novembro de 1913. Escritor português, Cunhal tornou-se célebre
pela resistência ao Estado Novo e pela sua luta pelo ideal comunista.
Dez de novembro é dia de homenagear Álvaro Cunhal, na data do seu
nascimento. Apesar de ser natural da cidade de Coimbra, mudou-se para a
capital com a família e concluiu a formação na Faculdade de Direito da
Universidade de Lisboa, onde iniciou a sua atividade revolucionária.
Em 1931, com 17 anos, filia-se no Partido Comunista Português (PCP) e
integra a Liga dos Amigos da URSS e o Socorro Vermelho Internacional.
Três anos mais tarde, torna-se representante dos estudantes no Senado da
Universidade de Lisboa. E no ano seguinte, chega a secretário-geral da
Federação das Juventudes Comunistas.
A sua atividade política e cívica era intensa, até que em 1936 é
cooptado para o Comité Central do PCP, depois de uma visita à então
URSS.
A escrita era a sua maior paixão e, por isso, desde muito jovem
colaborou com alguns jornais, como O Diabo, a Seara Nova, algumas
publicações clandestinas do PCP, o Avante e O Militante, onde também
assina diversos artigos de intervenção.
Os ideais comunistas e oposição ao Estado Novo levaram-no à prisão,
em 1937, 1940 e 1949-1960. Foram 13 anos de reclusão, oito dos quais em
total isolamento. Cunhal foi torturado, mas manteve o silêncio de um
inocente.
E foi na prisão que se dedicou à escrita ainda com maior intensidade,
rubricando diversos trabalhos, como a tradução e ilustração da obra Rei
Lear, de William Shakespeare. Até que no dia 3 de janeiro de 1960,
Cunhal e alguns camaradas comunistas levam a cabo a célebre “fuga de
Peniche”, que resultou de um plano perfeito.
Entre 1961 e 1992, foi secretário-geral do PCP, sucedendo a Bento
Gonçalve, até ser substituído por Carlos Carvalhas. Em 1962, enviado
pelo partido para Moscovo e para Paris. Regressa a Portugal com o 25 de
Abril de 1974 e comemorou com Mário Soares a conquista da Democracia.
Foi ministro sem pasta em governos provisórios e deputado à
Assembleia da República, entre 1975 e 1992. Foi ainda conselheiro de
Estado. Em 1995, revela a sua obra, que escreveu sobre o pseudónimo de
Manuel Tiago. Álvaro Cunhal morre a 3 de junho de 2005, em Lisboa, e é
recordado hoje.
PT
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