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sábado, 10 de novembro de 2012

É DIA DE RECORDAR: 10 de novembro, nasce Álvaro Cunhal, histórico comunista que lutou pela liberdade

 Hoje é dia de recordar Álvaro Cunhal, que nasceu em Coimbra, a 10 de novembro de 1913. Escritor português, Cunhal tornou-se célebre pela resistência ao Estado Novo e pela sua luta pelo ideal comunista.
Dez de novembro é dia de homenagear Álvaro Cunhal, na data do seu nascimento. Apesar de ser natural da cidade de Coimbra, mudou-se para a capital com a família e concluiu a formação na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, onde iniciou a sua atividade revolucionária.
Em 1931, com 17 anos, filia-se no Partido Comunista Português (PCP) e integra a Liga dos Amigos da URSS e o Socorro Vermelho Internacional. Três anos mais tarde, torna-se representante dos estudantes no Senado da Universidade de Lisboa. E no ano seguinte, chega a secretário-geral da Federação das Juventudes Comunistas.
A sua atividade política e cívica era intensa, até que em 1936 é cooptado para o Comité Central do PCP, depois de uma visita à então URSS.
A escrita era a sua maior paixão e, por isso, desde muito jovem colaborou com alguns jornais, como O Diabo, a Seara Nova, algumas publicações clandestinas do PCP, o Avante e O Militante, onde também assina diversos artigos de intervenção.
Os ideais comunistas e oposição ao Estado Novo levaram-no à prisão, em 1937, 1940 e 1949-1960. Foram 13 anos de reclusão, oito dos quais em total isolamento. Cunhal foi torturado, mas manteve o silêncio de um inocente.
E foi na prisão que se dedicou à escrita ainda com maior intensidade, rubricando diversos trabalhos, como a tradução e ilustração da obra Rei Lear, de William Shakespeare. Até que no dia 3 de janeiro de 1960, Cunhal e alguns camaradas comunistas levam a cabo a célebre “fuga de Peniche”, que resultou de um plano perfeito.
Entre 1961 e 1992, foi secretário-geral do PCP, sucedendo a Bento Gonçalve, até ser substituído por Carlos Carvalhas. Em 1962, enviado pelo partido para Moscovo e para Paris. Regressa a Portugal com o 25 de Abril de 1974 e comemorou com Mário Soares a conquista da Democracia.
Foi ministro sem pasta em governos provisórios e deputado à Assembleia da República, entre 1975 e 1992. Foi ainda conselheiro de Estado. Em 1995, revela a sua obra, que escreveu sobre o pseudónimo de Manuel Tiago. Álvaro Cunhal morre a 3 de junho de 2005, em Lisboa, e é recordado hoje.
PT

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