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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Quando os políticos portugueses (salvo raras excepções) não respeitam os contribuintes e os cidadãos, esperam ser respeitados?

 Até parece que não lê jornais ou finge não ler... Ainda agora tem vários casos mediáticos diante dos seus olhos. Diga-me o que seria o Dr. Duarte Lima, o Dr. Dias Loureiro, o Dr. Armando Vara, e se quiser, posso estar aqui vários dias a escrever nomes. Ou um boyzito que ganhou 10 milhões em poucas horas com património público. Se tiver mesmo interesse, e como me parece distraído(a) posso fornecer-lhe os links. Ainda há pessoas que procuram informação fora das amestradas TV's. Em relação aos nomes que avançou, sem lhes tirar o mérito beneficiaram duma coisa chamada televisão. A TV tem facilidade de promover os bons e os medíocres. Certamente reconhece que por cada nome que me der, arranjo no mínimo outro. Comecei logo por lhe dar três, mas basta correr as listas de todos os partidos e exemplos (activos e retirados) não faltarão. Claro que toda a gente tem profissão, ou deve ter. A diferença é a forma meteórica como alguns sobem com ligações à política e outros marcam passo e sobem a corda a pulso. Como há muitos anos dizia a jornalista Mª João Avillez, há vírgulas que valem milhões! Sabe disso, não sabe? Sobre as suas considerações, está enganado(a). O facto de não pertencer a nenhum partido político não quer dizer que não faça coisas pela minha comunidade e pelos meus semelhantes. A diferença é que tenho profissão e não preciso dos holofotes para fazer as coisas. Outros optam por se colocar em bicos de pés e aparecer em grandes planos. Não é, nem nunca foi a minha forma de actuar. Ainda lhe posso adiantar que algumas iniciativas que tomei e liderei foram totalmente desinteressadas, e nem um cêntimo tive como contrapartida material. Antes pelo contrário! Em relação à participação dos cidadãos na nossa democracia basta ver como ataram as coisas. Salazar não teria feito melhor. Começa logo pelo método de Hondt que elege deputados com 10, 11 mil votos, e deixa partidos politicos com 150 mil votos nacionais sem um representante dessa corrente de opinião. Não espero que entenda que a democracia elege deputados para representar os cidadãos que neles votam. Consegue explicar-me a lógica do exemplo que lhe dei? Tem a coragem de no seu partido propor o fim do método de Hondt? Ou vai continuar a dizer que os cidadãos não fazem propostas e a aplaudir um método eleitoral profundamente anti-democrático? Tem interesse em que lhe mostre a distribuição de deputados nas últimas eleições pelo método de Hondt e por círculos uninominais? Quer mais propostas? Ainda há dias apresentei uma devidamente fundamentada ao Ministro das Finanças. Claro que nem mereci resposta, como não merecia do governo anterior. Porquê? Porque os cidadãos servem apenas para contribuir, nada mais! Nem uma resposta simples, ou um telefonema merecem. Para a classe política, são lixo, excepto quando cada voto conta. Há muito que se ouve que no tempo do fascismo, não podíamos falar, mas se falássemos, éramos presos, mas éramos ouvidos. Na "democracia", podemos falar, berrar, que ninguém nos ouve! Para concluir, deixo-lhe um vídeo do que entendo ser democracia:


 Compare um País "pobre" como a Suécia com um País "rico" como Portugal...e entenda porque há diferenças de tratamento para com os políticos portugueses e os de democracias avançadas. Quando os políticos portugueses (salvo raras excepções) não respeitam os contribuintes e os cidadãos, esperam ser respeitados? Mudem a atitude, alterem a lei eleitoral de forma a que sejam responsabilizados individualmente, permitam às pessoas votar individualmente e não em grupos de "bons e maus" tudo ao molho e verá que ninguém enxovalha ninguém. A selecção é feita naturalmente! 
Ainda ficou por dizer, algo que não é uma proposta mas um imperativo nacional. Deduzo que saiba melhor do que eu qual é o número mínimo e máximo de deputados previstos pela constituição. Se a redução não ocorrer numa altura de pré-bancarrota, será quando? Lembra-se certamente qual foi o resultado de uma proposta apresentada pelo CDS/PP na A.R.durante a anterior legislatura. Todos, sem excepção votaram contra! Consegue dar-me uma explicação razoável e que na minha limitada capacidade eu possa entender? Não acha imoral e vergonhoso cortar subsídios a trabalhadores que ganham 1000 euros e tentar manter entre a classe política tudo como antes? As famílias viram reduzidos os seus rendimentos em mais de 2/14 avos anuais dos seus salários e qual foi a redução orçamental da A.R.? Apesar de não ter votado neste governo, vejo o anúncio de medidas com as quais concordo, outras nem por isso. Evidentemente que não é a redução de 50 deputados que resolve os graves problemas do País. Nem sou dos que ache que os deputados ganham demais. Mas sempre fui educado que os exemplos vêm de cima. Um sinal, muitas vezes vale mais do que mil palavras.
De um leitor 
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1 comentário:

Anónimo disse...

Tenho acompanhado este interessante diálogo de surdos entre duas pessoas que estão de acordo quase em tudo. Eu não quero pôs lenha na fogueira, mas quero dizer o seguinte: para que a descredibilização da classe política não se generalize o que em última análise pode levar a que realmente só os maus e os medíocres a queiram integrar porque só esses se sujeitarão ao vexame, então cabe a esses mesmos políticos pugnarem por mudar esse estado de coisas. O que o comum dos cidadãos de vai apercebendo é que para defender políticos corruptos e porque não chamar mesmo ladrões se modificaram certas leis que não permitem ver atrás das grades nem aqueles que levaram este país para a ruína.
Devo dizer que estou muito mais de acordo com o outro comentador que sendo independente tem uma visão provavelmente mais próxima da realidade do que se passa dentro dos partidos na óptica do contribuinte pagante. Porque este que responde vê-e claramente que está dentro do sistema partidário.
É realmente devia ser o parlamento, os ministérios e a presidência da república a dar os exemplos de que realmente queriam contribuir para a melhoria do estado do país reduzindo e acabando mesmo com certas despesas, mudar a lei eleitoral, fazer uma reforma séria na Justiça. Ninguém a faz reformas profundas de nada. Todos os partidos falam nelas, mas na hora de votar nunca está ninguém de acordo. É uma vergonha o que se tem estado a assistir sobre mordomias concedidas a antigos políticos, mas ainda ninguém falou das mordomias de quem passou por algumas empresas e bancos públicos e auferem pensões milionárias. Se essa gente toda entrasse na Lei Geral e tivesse uma reforma aos 65 anos como têm os cidadãos do regime geral, muitos milhões se poupariam. Se houvesse um tecto para reformas também. Porquê alguns dos nossos políticos acumularem 3 e 4 reformas? Tiveram e 4 vidas paralelas? Não sei se não terá razão aquele militar de Abril que apela a outra revolução. Isto já não vai lá com paninhos quentes. Pedem sacrífios à classe média e média baixa porque os pobres estão falidos, os ricos e os bancos e as grandes fortunas pagam ridicularias de impostos e a na classe média ai de quem se arrisque a ganhar mais de 650 euros, porque quem ganhar mais de 485 esses coitados já há muito que foram considerados "ricos".