Quem anda cá por Alpiarça há uns anitos sabe
que a Biblioteca funcionou durante uns anos nos antigos Paços do Concelho e que
as Piscinas foram iniciadas com mão de obra camarária ainda no tempo do
presidente Figueiredo (não esqueçam que o presidente Armindo Pinhão adiou
sucessivamente o seu início por ter a noção dos custos da sua manutenção). O
mal deste país é que a Lei deveria obrigar a haver um complexo de piscinas por
um certo rácio de habitantes, daí que num raio de 15 kms tenhamos piscinas em
Santarém, Almeirim, Alpiarça e Chamusca. Perfeitamente abusivo!.
Alguns dirão pagamos impostos também temos direito a ter umas piscinas!
Quanto aos pavilhões desportivos / ginásios / instalações desportivas - Alpiarça está claramente à frente de qualquer dos seus concelhos vizinhos com uma sub-utilização que mete dó. No entanto culpa-se a câmara actual por não ter ideias para obras novas.
Eu então acho que o mal deste país é não aproveitar o que tem e deitar tudo abaixo e fazer novo, mesmo que fique às moscas. Havia e há que aproveitar os tais Fundos Perdidos e depois quem paga o resto? Ah já sei seremos nós durante décadas!
Diz o leitor e com razão que o país é como uma família. Há que estabelecer prioridades e haverá despesas a que se não pode fugir. Mas o pior é que houve e há famílias que entraram em parafuso total com tantas facilidades de crédito. Era casa, piscina, carros e apartamento para férias. O banco emprestava a pagar em 40 ou 50 anos... Alguém terá feito as contas em quanto ficaria cada dia passado numa piscina em casa ou as férias num apartamento no Algarve?
E agora? Vende-se? Entrega-se ao banco? E se o património adquirido não chegar para pagar as dívidas?
Caros leitores, como se costuma dizer por cá "agora é que a porca torce o rabo".
Mas chega de lamentações, pode ser que apareça por aí algum Santo Milagreiro que acabe com estes pesadelos!!!
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1 comentário:
Um comentário lúcido.
Pena é que sejam poucas pessoas a pensar assim. A maior parte tudo exige, mas se lhe pedirem um cêntimo, já não é nada com eles.
Depois lamentam-se...
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