Terá caído mal, em particular na Comissão Europeia e FMI, que compõem dois terços da troika, o anúncio da subida do salário mínimo nacional, revela o Jornal de Negócios. O tema deverá ser mesmo abordado na próxima visita da troika à capital, que decorre já neste mês de outubro.
Para a troika, a subida de 20 euros mensais, para os 505 euros, do salário mínimo nacional é uma má decisão. Tanto a Comissão Europeia como o FMI consideram que não se deve aumentar o custo do fator do trabalho sem um crescimento mais sólido, conta o Jornal de Negócios.
Na perspetiva da troika, Portugal pode prejudicar a empregabilidade dos menos qualificados, um argumento que não surpreende e que será apresentado ao Governo português em nova visita da troika, já este mês, agora já depois da ‘saída limpa’ do programa de ajustamento.
De referir que durante o período de vigência do memorando, a troika argumentou por diversas vezes que os salários ainda não tinham decrescido o suficiente para suscitarem maior empregabilidade.
Segundo o Jornal de Negócios, terá mesmo caído mal, em Bruxelas e em Washington, a subida de 4,1% do salário mínimo agora aplicada e que foi negociada entre Governo, patrões e UGT. Considera-se que esta subida é claramente acima dos aumentos de produtividade esperados.
Recorde-se que desde 2011 que o salário mínimo se encontrava nos 485 euros. Com esta subida de 20 euros mensais foi também anunciada a descida da taxa social única para quem aufere a remuneração mínima, que passará dos atuais 23,75% para 23%.
«NM»
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