.

.

.

.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Sócrates votado como o melhor primeiro-ministro


 Mário Soares pode ter conseguido estabilizar o país no período pós-revolucionário, Cavaco Silva ter sido o primeiro a conseguir completar um mandato, Durão Barroso até pode ter saído de São Bento para a presidência da Comissão Europeia, mas foi José Sócrates o escolhido, pelos leitores do Económico, como o melhor primeiro-ministro do país.
Passos Coelho e Santana Lopes fecharam o pódio em mais uma votação em real time no site do Económico que juntou mais de 11.000 votos válidos.


Passos Coelho derrotou José Sócrates para chegar a primeiro-ministro. O socialista tinha acabado de pedir ajuda internacional para saldar as dívidas nacionais, colecionava PEC's e os eleitores não quiseram dar-lhe o que seria o seu terceiro mandato à frente do país. Todavia, foi o socialista que os leitores do Económico elegeram como o melhor chefe de governo. Passos, que há pouco completou um ano de serviço, ficou na segunda posição, mas a mais de mil votos de distância.

Carlos Mota Pinto, Freitas do Amaral, Nobre da Costa e Francisco Pinto Balsemão não chegaram aos 50 votos. Mário Soares ficou aquém dos 300 e Maria de Lurdes Pintassilgo pouco passou dos 400 numa votação em que Pedro Santana Lopes conseguiu 1222 votos. No meio da tabela, Francisco Sá Carneiro superou o político com mais vitórias absolutas na história da democracia portuguesa, Cavaco Silva, e António Guterres, o actual Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados.

 Leia aqui a história do socialista.

Foi a licenciatura concluída a um Domingo, os projectos desenhados enquanto funcionário da câmara da Covilhã, o interminável processo do Freeport e até histórias de pressões sobre jornalistas. O primeiro socialista a conseguir uma maioria absoluta não teve a mais tranquila das passagens em São Bento. Ou não tivesse a sua saída coincidido com a chegada dos senhores do FMI.


José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa nasceu em Alijó em 1957 e em 1974 esteve entre os fundadores do polo da Juventude Social Democrata na Covilhã.

Fugiu no ano seguinte - foi estudar para Coimbra - e encontrou no Partido Socialista o seu lar político.

Filiou-se em 1981, seis anos depois chegava a deputado e em 1995 integrava o Governo de António Guterres como secretário de Estado Adjunto do ministro do Ambiente. Dois anos mais tarde passava a ministro-adjunto do primeiro-ministro, tendo sido um dos responsáveis pela realização do Euro 2004. Em 1999, subiu a ministro com a pasta do Ambiente e cinco anos mais tarde, já com Durão Barroso no Governo, a líder do PS. Em 2005, com Jorge Sampaio em Belém, chegava a primeiro-ministro (com a primeira maioria absoluta da história dos socialistas) e em 2009 renovava o mandato. Dois anos depois, as contas públicas obrigavam-no a convocar eleições antecipadas e seguir para Paris.


O choque tecnológico - com os célebres Magalhães em destaque - a reforma na Educação - onde criou o programa das Novas Oportunidades - e a aposta nas energias renováveis - acreditou nos carros híbridos - ficam como marca da passagem de Sócrates por São Bento. Uma passagem que acabou na noite de 22 de Março de 2011. A Assembleia chumbou o IV Plano de Estabilidade e Crescimento, Sócrates pediu ajuda ao FMI e na manhã seguinte apresentou a demissão

http://economico.sapo.pt/noticias/socrates-votado-como-o-melhor-primeiroministro_150114.html

Sem comentários: