O período de férias de uma médica do Centro de Saúde de Alpiarça está a provocar “um verdadeiro caos” na prestação de cuidados de saúde à população, que tem apresentado nos últimos dias muitas queixas de não conseguir sequer as receitas para comprar medicação para doenças crónicas.
A denúncia vem da Comissão de Utentes de Saúde de Alpiarça (CUSA), que explica que, perante a saída dos dois médicos cubanos que prestavam serviço na vila e com o gozo de férias por parte de uma clínica, o único médico que sobra no centro de saúde gere, neste momento, um ficheiro com mais de 8 mil utentes.
E a situação não deverá melhorar, lamenta a comissão, pois quando a médica regressar ao serviço, será a vez deste clínico gozar o seu período de férias, mantendo-se apenas um profissional no centro de saúde durante todo o mês de Agosto.
“Será logicamente impossível garantir a qualidade e a resposta às necessidades”, adianta a CUSA em comunicado, onde relata que há dezenas de utentes que não conseguem assegurar uma das oito consultas diárias reservadas para o período da prescrição de receitas. “Quem vem depois já não tem vaga”, explica a comissão, acrescentando que estão nesta situação doentes cardíacos, hipertensos e mesmo diabéticos, entre outros.
As consultas de recurso, inicialmente programadas para dois dias por semana (segundo a informação que está afixada à porta do centro de saúde), estão a ser dadas apenas à quinta-feira, denuncia ainda a CUSA, que exige soluções às entidades responsáveis e a reposição dos dois médicos cubanos que terminaram o seu contrato de trabalho a 21 de Junho.
«Rede Regional»
1 comentário:
A malta está é a precisar de mais um vigília. Assim sempre se faz barulho e os médicos vão diminuindo
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