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sexta-feira, 14 de março de 2014

OPINIÃO: O Partido Comunista Português que parecia ser o garante da classe mais desprotegida fala, fala mas....

Por; M. Ramos

É comum cruzarmo-nos aqui com opiniões, umas contra outras a favor disto ou daquilo. É salutar que assim seja. Mal andaria o mundo se gostássemos todos e só da mesma cor.

Contudo, há atitudes e reacções comportamentais que merecem alguma análise e reflexão. Achamos sempre que nós não temos culpa absolutamente nenhuma do mal que acontece ao País, ao que se passa à nossa volta ou no próprio meio onde nos inserimos. O nosso partido, como no futebol, é sempre o melhor!
Se o governo fosse aquele por quem temos uma “fezada” tudo seria uma maravilha! Acabavam as injustiças. Não havia corrupção. Havia trabalho, saúde e dinheiro para todos. Infelizmente não é assim.
O tempo vai passando e, nós já vimos centenas…ou milhares de cidadãos em quem através do voto depositámos confiança, a passar pelos sucessivos governos de Portugal desde o 25 de Abril de 1974 e, desde então ainda não vimos mudanças realmente significativas na economia, no ensino, na saúde… em suma, na vida dos portugueses. Andámos desde sempre endividados e na cauda da europa. Acabámos com a guerra em várias frentes de África que estava a consumir os nossos parcos recursos e dizimou, infelizmente, milhares de jovens na flor da idade. Pensámos que terminada essa guerra das colónias e com uma Democracia participativa em Portugal, a vida das populações iria mudar radicalmente. Foi simples ilusão. Os políticos têm feito trinta por uma linha em seu próprio proveito, e em proveito dos amigos e familiares...nomeadamente nas grandes empresas onde eles próprios têm interesses. O Partido Comunista Português que parecia ser o garante da classe mais desprotegida fala, fala mas, quando tem oportunidade de mostrar o que vale, caso em que chega ao poder autárquico local, faz igual ou pior que os outros. E os exemplos são demonstrativos disso mesmo. Então vamos confiar em quem, afinal?
O que me parece é que enquanto não houver uma "revolução de mentalidades" isto vai estar sempre emperrado! Não há volta a dar. Diz a sabedoria popular: "...a gamela é sempre a mesma, só os porcos é que mudam!”
Para alguns a causa da nossa desgraça última, é a Troika! Para outros a Troika foi a nossa sorte! Se calhar, foi a nossa sorte e a nossa desdita.
Seria bom, em meu entender, que esta Troika do dinheiro e da usura fosse para bem longe mas, que viesse uma Troika ensinar-nos a viver e a conduzir o nosso próprio País, que o mesmo é dizer, a nossa própria casa, rumo ao progresso económico, social e cultural que buscamos desde há séculos a esta parte, sem que consigamos alcançar resultados minimamente satisfatórios. Uma fatalidade da alma lusa contada e cantada no nosso Fado.
Em Portugal, nunca ninguém assume as culpas. A culpa cabe sempre aos outros! Seja em que circunstância for; mesmo quando as coisas são claras e estão à frente dos olhos! Pedir desculpa e corrigir os erros não é para o orgulho português. Antes quebrar que torcer…
É tempo de dizer basta! De parar para pensar! Que cada um assuma a sua quota-parte de responsabilidade pelo marasmo e insucesso da Sociedade em que vivemos. Temos de convergir mais e divergir menos. Só assim, poderemos acertar a rota e levar o nosso barco a um porto mais seguro.
Desta maneira é que nunca mais lá chegamos.


4 comentários:

Anónimo disse...

Só para dar os parabéns ao Jornal Alpiarcense por este demolidor artigo de opinião que desafortunadamente retrata a cruel realidade portuguesa.
Aproveito também para saudar o historiador residente Dr. José João Marques Pais, por nos ter trazido mais este contributo descritivo dos anos vinte, que só enriquece a história do Concelho de Alpiarça.
A todos o meu bem-haja.

Anónimo disse...

Os dez por cento dos eleitores de Portugal sabem muito bem quem são
os culpados da situação de crise para os mais pobres, desempregados, reformados e trabalhadores no activo. Conhecem muito bem a vossa lábia de a culpa é do vizinho e nunca sua. Aproximam-se as eleições e aparecem estas ditas a tentarem uma vez mais enganar o povo, mas amigo dez por cento temos nós certo.

Anónimo disse...

O autor do artigo de opinião M. Ramos parece ter definitivamente razão. Aqui está outro convicto ”iluminado" a acusar o toque e a lançar a culpa para cima dos outros que ele supõe serem os causadores de todos os males que nos acontecem.
Como diz o "esclarecido" comentarista, os dez por cento de eleitores estão garantidos pelo lado comunista, segundo deduzimos. Por isso, não há nada a recear.
O resto não interessa nada. A análise e reflexão sugerida pelo autor do texto muito menos!
Para quê pensar e dar voltas à cabeça se 10% dos eleitores (onde se inclui o comentarista certamente) conhece a "lábia" dos infiéis e até de quem tem a coragem de denunciar a verdade da atribulada política portuguesa?
Ora essa! Era o que faltava.

Anónimo disse...

Há pois é, não é preciso ser um iluminado para vos compreender...
Vocês bem querem culpar os ditos dez por cento mas não tem provas disso.Querem que os comunistas sejam os culpados, mas em democracia a maioria é que manda e vocês são a maioria, até que o povo acorde...A mentira e a falsidade não vão durar sempre.