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quinta-feira, 20 de março de 2014

POLITICA: "Jerónimo de Sousa acabou de descobrir a pólvora"

UMA renegociação que, para o PCP, deve ser assumida por iniciativa do Estado português, na plenitude do direito soberano da salvaguarda dos interesses do país e do povo, assente num serviço de dívida compatível com o crescimento económico e a promoção do emprego, tendo como objetivo a sustentabilidade da divida no médio e longo prazo.”
Jerónimo de Sousa (foto) acabou de descobrir a pólvora, claro que renegociar tem que ser por iniciativa do estado português, só resta perguntar: e se os credores não quiserem? 
E se não quiserem saímos da União Europeia e do Euro?
Em caso afirmativo cabe aqui formular estas perguntas:
Começando pela óbvia, dado o endividamento externo de Portugal, uma desvinculação portuguesa do euro, e a (natural) redenominação na nova moeda de todos os contratos sujeitos à lei portuguesa, levaria o nosso sector bancário imediatamente à falência. Como se lidaria com essa situação? Com um cautelar ou com uma saída tão limpa quanto possível? As nacionalizações em catadupa seriam temporárias ou permanentes? 
Qual seria a política monetária do Banco de Portugal? Que taxas de juro? Que garantias de depósitos? Que inflação? Qual seria a perda de poder de compra das famílias, e mais importante ainda quanto tempo demoraria até ser recuperada? Qual seria a explosão imediata do desemprego, decorrente das falências que por sua vez decorreriam do colapso bancário? Quais seriam os sectores de atividade nos quais, em face da capacidade instalada, se conseguiria alguma substituição de importações? Quais seriam os sectores de atividade nos quais, em face da elevada componente de importações no conteúdo produzido, tal substituição deixaria de ser possível? Que pauta aduaneira? Que carga fiscal? Que financiamento? E que investimento? Enfim, tem a palavra o PCP.
Tenho a certeza que, no que respeita a estas matéria, o PCP é mudo!
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2 comentários:

Anónimo disse...

COITADINHOS...dos bancários, se vão à falência em Portugal. Eles já estão bem seguros em outros países, não tenha pena deles.
Para sí é melhor continuar a haver FOME, desemprego, crimes, CORRUPÇÃO, etc e etc. é o que deduzo do seu comentário.

Anónimo disse...

Como o PCP, por razões óbvias, não responde e fala dos bancários, trabalhadores dos bancos, que, na sua opinião, são ricos com o dinheiro noutros países dos quais não se deve ter pena!
Mas não é o PCP o partido dos trabalhadores?
Bem se calhar até é mas não dos trabalhadores bancos!
Dito isto, importa responder às perguntas e eu encontrei-a nas palavras de Daniel Bessa "seria o equivalente "a uma redução entre 15 a 20 % dos salários de toda a gente" e o regresso à mão de obra barata, "mais do que já é". Além de que "os depósitos poderiam desvalorizar 30 a 40% de uma só vez", deixando-nos ainda mais pobres.
Agora é só fazer as contas e chega-se à conclusão que para um salário de 500 € seria um corte de 100 € isto sem contar com a inflação, resultando num salário inferior a 400 €!
Mas isto os partidos não explicam porque depois não tinham votos e cada voto vale quase 3€!