De: Miguel Sá Pereira |
Após alguns dias passados da última Assembleia
Municipal e verificar o desenrolar nas redes sociais, cabe dizer-me que no dia
28 de Fevereiro de 2014 tive a perceção dos tempos de 1974 a 1997, em que
palavra como incoerência, demagogia, escoria, sectarismos e muitas mais são
poucas para descrever o que senti nesse dia.
A Bancada da CDU
recusou uma proposta conjunta apresentada pelo PS e o TPA para se prestar a
homenagem mais do que justa a Manuel Duarte, o primeiro Presidente de Camara de
Alpiarça. A nosso ver o tempo e o contexto são para nós mais do que evidente
que assim devia ser feito, ou não estivéssemos em época de comemoração do
centenário do Concelho. A Bancada do PS respeita o sentido de voto da CDU, não
concordando mas respeita. O que o PS não precisa é de ouvir a uma declaração de
voto do Líder da Bancada da CDU, onde afirma e sito, “A Bancada da CDU não tem
nada contra Manuel Duarte”. A pergunta que se impõe… Se não tem nada contra,
porque é que votou contra?
Outro argumento
referido como muito vigor pelo presidente da Assembleia Municipal, prende-se
com o facto da CDU deter a maioria absoluta e assim sendo e por vontade
expressa dos eleitores a CDU tem legitimidade para decidir como bem entende.
Mais uma vez o PS esta parcialmente de acordo. A maioria detida pela CDU é por
todos nós respeitada, mas nesta maioria existiram cerca de 1500 eleitores que
não votaram na CDU e que como tal também tem o direito a ser ouvidos, alias
este argumento defendido pelo PS é tão só o mesmo argumento que a CDU utiliza a
nível nacional, uma vez que na Assembleia da Republica têm a representação
oposta à Assembleia Municipal de Alpiarça.
Não sei se
incoerência será a melhor palavra, uma vez que neste mesmo dia os deputados da
CDU na Assembleia da Republica foram os únicos que votaram contra a deliberação
do PSD, PS e CDS-PP a condenar os "crimes contra a Humanidade perpetrados
pelo regime da Coreia do Norte". O voto de condenação que teve por base o
Relatório da ONU. A declaração de voto da CDU foi a seguinte retirado do link
infra do Jornal “SOL” do dia 28 de Fevereiro de 2014:
Numa declaração de
voto, o grupo parlamentar do PCP justifica que "o relatório ainda não foi
apresentado às Nações Unidas mas já teve a sua credibilidade internacionalmente
posta em causa quanto à metodologia e conclusões".
"Trata-se de
um relatório elaborado a partir de quatro audições realizadas em Seoul, Tóquio,
Londres e Washington, que se insere em campanha de permanente tensão e conflito
com vista à desestabilização da Península Coreana e à justificação da presença
militar norte-americana nesta região", defendeu o PCP.
A bancada comunista
frisou que o PCP defende um projecto de "liberdade, democracia, justiça e
progresso social" e que é esse projecto que distancia o partido "de
opções e orientações da República Popular Democrática da Coreia".
Retirem as suas
próprias conclusões.
A Politica é
recheada de palavras e expressões que muitas vezes no calor dos debates podem
ou não ser as mais apropriadas na maneira de expressar a evidência.
«RS»
2 comentários:
Informamos os estimados comentaristas que os comentários refefentes a este artigo de opinião só serão publicados desde que devidamente assinados
"E o que lá estava anónimo, sr. Centeio, porque desapareceu? Deixe-me adivinhar.
Não desapareceu caro leitor, apenas foi retirado porque entendemos passá-lo a Post onde o pode ler.
Enviar um comentário