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segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Os malabaristas da oralidade política

O espaço de manobra dos políticos vai ficar ainda mais reduzido e apertado


Argumentam alguns camaradas, tentando explicar a sua derrota concelhia, embora por uma margem de 16 votos a favor do PS, de que as Eleições Legislativas nada têm que ver com as Autárquicas. Nas autárquicas é que se vai ver como é, etc. etc. Podem até ter alguma razão mas, como diz o outro, "nunca fiando!" É que isto, em minha modesta opinião, aparenta ser um mau presságio para o Partido Comunista Português cuja experiência de combate político e até de luta armada quando foi caso disso, ninguém hoje duvida ou põe em causa. Só que os tempos mudaram, as pessoas evoluíram, vêem televisão lêem jornais, dão umas voltas pela internet e, passaram a ser mais exigentes com quem elegem para defender os seus direitos liberdades e garantias. Eu, muito modestamente também acho que esse espírito de evolução deve ser compreendido também pela classe política que nos governa ou que de qualquer modo trabalha na causa pública. Quer seja no poder central quer seja no poder autárquico. Hoje, os cidadãos mesmo que esqueçam o que lhes foi prometido em campanha eleitoral, o que foi dito em Assembleia Municipal ou Reunião de Câmara, está à sua frente durante anos com estas coisas das novas tecnologias. Às vezes, mesmo sem querer, é confrontado aqui e acolá com essa informação que o faz lembrar de coisas que os políticos desejariam que já estivessem mortas e enterradas para seu sossego. Um dia, tudo aponta nesse sentido, todos os cidadãos sem excepção, terão acesso a estas modernices da Internet, dos computadores, dos ipads, dos Ipods, dos iphones, dos smartphones, dos tablets e outras coisas por inventar. Então aí o espaço de manobra dos políticos vai ficar ainda mais reduzido e apertado. O dito pelo não dito vai ficar muito mais difícil para os malabaristas da oralidade política. Preto no branco, não deixa dúvidas, tal como o algodão: "Não Engana..." Não pode enganar.


4 comentários:

Anónimo disse...

Excelente. Eles são burros. Perderam em Alpiarça por culpa deles e no país a mesma coisa. O BE gastando um décimo do que gastou o PCP na campanha elegeram mais deputados. O texto diz tudo. Esta malta não evolui. Em Alpiarça o próprio MP tem o cérebro entupido com tantas ladaínhas que fala tal qual o Papa Jerónimo. Ninguém tira valor ao S. Jerónimo, mas para quando a renovação destas cabeças, destes discursos, desta maneira de escolherem candidatos internos, não por eleição democrática, mas por escolha o que leva à formação de grupinhos e grupetos sectários de velhos e emplastros, de gente que não sabe dizer duas frases seguidas? O PCP presica de uma lufada de ar fresco como de pão para a boca. Falou-se do Carvalho da Silva para renovar os comunistas. Fala-se do Deputado João Oliveira, mas ninguém toma a iniciativa. Talvez o fizessem se contra todas as correntes de opinião o PCP perdesse 2 ou 3 deputados, assim como ganharam um fingem que está tudo bem e que estão todos contentes. Falso! Eles vêem o terreno a fugir-lhes debaixo dos pés, mas não querem abandonar certos Dogmas e certas práticas do tempo da cladestinidade e do PREC. Não querem acreditar que estamos em Democracia há mais de 40 anos e o PCP tal como actua não contribui para a Democracia. Só a empobrece. Porque internamente não é um partido democrático e as pessoas sabem disso.

Anónimo disse...

Gostei

Anónimo disse...

Análise brilhante a do comentador das 9:33. Eles (PCP) não querem ver as evidãncias e quem tente abrir os olhos dessa forma é de imediato acusado de anti-comunista, de trauliteiro, de xenófobo e de mais uma série de adjectivos do léxico comunista.
Mas se na perspectiva de quem não é comunista as coisas podem ser vistas assim, na de um comunista estas críticas são entendidas como um feroz ataque ao "status quo" reinante.
Alpiarça é um bom exemplo dessa forma de estar e de como os ditos comunistas se vão mantendo à tona de água.
Não imaginamos o actual executivo camarário e a maioria dos membros do GAP (há uma excepção...) a fazerem uma carreira profissional em empresas privadas em que é preciso demonstrar capacidade profissional. Mas numa terra de cegos ... um emprego bem remunerado no topo da Função Pública é o mesmo que ser rei.
Então para esses "reis" há que manter o povo na ignorância, "mudando" para manter tudo na mesma, e ir lhes dando pão e circo.
Umas festinhas, umas almoçaradas bem regadas, umas fotos e uns discursos de ocasião, uns inimigos imaginários, e a plebe vitoria a nobreza supostamente comunista.
Está à vista de toda a gente que Alpiarça definha de dia para dia. Quando não há dinheiro a rodos para gastar e quando não se sabem gerir os poucos recursos existentes nada como culpar os sucessivos governos centrais, a oposição e todos os que não alinhem nessas teorias dos inimigos do glorioso PCP-Alpiarça.
Chegará o tempo em que os filhos, os netos e bisnetos dos velhos comunistas começarão a questionar porque noutras terras as vilas e cidades evoluem, se criam empregos, as indústrias e os comércios vão florescendo e, criando riqueza as terras vão evoluindo.
Será que 2017 será o ano zero da mudança para o caminho da evolução de Alpiarça? Esperemos que sim e que definitivamente os alpiarcenses analisem que a história das lutas do passado deve ficar nos museus e na memória do povo, mas que esse factor não obste a que se viva no século XXI.

Anónimo disse...

Também me parece que estes vendedores de sonhos e lugares ao sol que vão enganando o povo com promessas vãs, ou deixam de mentir, de prometer o que não podem cumprir ou terão os dias contados. Já chega de aldrabices! 40 anos a viver em liberdade e segundo dizem, em democracia, é tempo de ter aprendido alguma coisa. Pelo menos, a ter um pouco mais de respeito pelo próximo.