A perda da maioria absoluta de direita "complica os esforços orçamentais e novas reformas estruturais", designadamente a muito "significativa" e "positiva" reforma do sistema público de pensões, defende Kathrin Muehlbronner, a analista da Moody"s, que segue Portugal. E diz mais: "não é claro" que Governo e PS cheguem a um acordo neste tema.
A nota da Moody"s, com data de ontem, mas hoje divulgada, lamenta o desaparecimento de uma maioria absoluta no Parlamento. "Embora a reeleição do Governo deva assegurar um foco continuado na consolidação orçamental, a perda da anterior maioria absoluta irá eventualmente complicar a implementação de mais reformas estruturais".
O visado é logo António Costa, do PS. "Mais especificamente, embora o líder do PS tenha aberto a porta a apoios ao Governo numa base de caso a caso de modo a assegurar a estabilidade política do país, não é claro que Governo e PS sejam capazes de chegar a acordo numa reforma do sistema público de pensões, uma reforma que o Governo indicou que iria levar a cabo em 2016", refere Muehlbronner.
"Na nossa perspetiva, tal reforma seria uma medida significativa e positiva, quer pelo seu impacto orçamental, mas também como indicação de que as autoridades portuguesas continuam comprometidas com melhorias orçamentais estruturais e permanentes", vinca bem a analista.
Segundo a mesma economista, "um primeiro teste para o novo governo será a apresentação e a aprovação do Orçamento de 2016. O Governo precisa de apresentar linhas gerais à Comissão Europeia até 15 de outubro e ter o orçamento final aprovado pelo Parlamento antes do final do ano".
«dv»
1 comentário:
ESFORÇOS ORÇAMENTAIS, para quem? Sempre para os mesmos os empregados e desempregados os mais pobres. Porque os deles não fazem nenhum esforço para receberem as chorudas reformas e subsídios que recebem.
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