Entre janeiro de 2012 e novembro de 2013, Portugal pagou 2945
milhões de euros de juros e comissões pelo resgate da troika. Os números são
da Direção-Geral do Orçamento e constam na
síntese da execução orçamental.
A
solidariedade tem um custo: os credores que assumiram o resgate a Portugal
cobraram, em menos de dois anos, quase 3000 milhões de euros só em juros e
comissões. De acordo com os dados da Direção-Geral do Orçamento, desde janeiro
de 2012 até novembro de 2013 a fatura paga por Portugal atingiu os 2945 milhões
de euros.
Só nos
11 meses deste ano, de acordo com a síntese de execução orçamental com as
contas do Estado em contabilidade pública, Portugal pagou uma fatia de 224
milhões de euros, a título de juros, à troika formada por Comissão Europeia,
Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional (FMI). A fatura mais
recente é de novembro, quando foram pagas comissões no valor de 24 milhões de
euros.
Analisando
as prestações, o grosso dos pagamentos desde janeiro de 2012justifica-se com os
juros, no valor de 2770 milhões de euros, aos quais se somam 175 milhões de
euros em comissões. Contas feitas, Portugal pagou 2945 milhões de euros, em
menos de dois anos, pela ‘solidariedade’ dos credores.
O
empréstimo da troika, acordado no memorando de maio de 2011 que definiu o
Programa de Assistência Económica e Financeira, seria de 78 mil milhões de
euros, mas o valor deverá atingir os 79,2 milhões devido às variações cambiais,
uma vez que parte do financiamento (o que é assegurado pelo FMI) consiste num
cabaz que engloba várias moedas, com destaque para o dólar.
«PT/J»
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