Tal como fez no passado mês de novembro o ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Poiares Maduro, o Jornal de Negócios decidiu promover também um inquérito junto dos empresários por forma a identificar os principais problemas que estes enfrentam na relação com o Estado. Os problemas abrangem várias áreas mas centram-se na dificuldade de articular a eficácia com o “fardo burocrático” da Administração Pública.
Dos 14 empresários consultados pelo Jornal de Negócios, no sentido de perceber quais os principais obstáculos que enfrentam na relação com o Estado, apenas dois, o presidente da logística Dascher, João Cardoso, e o da empresa de cruzeiros fluviais ‘Douro Azul’, Mário Ferreira, garantiram não haver “nada a apontar”, considerando até que está a “funcionar muito melhor”.
Os restantes (12) identificaram várias falhas que abrangem desde custos digitais, demora no tempo de resposta, excesso de documentação, falhas de comunicação entre serviços do Estado, desrespeito de limites de prazos, lentidão judicial, licenciamento moroso. “Fardos burocráticos” que, salientam os empresários, condicionam a necessidade de eficácia no desenvolvimento normal dos negócios.
Como exemplo, o Jornal de Negócios destaca o caso da empresa sueca Ikea que ainda aguarda a aprovação final do projeto de Loulé, que visa a construção de uma loja, um centro comercial e um ‘retail park’. Um investimento estimado em 200 milhões de euros e cuja data prevista de abertura se mantém no primeiro semestre deste ano.
Por isso, sugere a responsável de comunicação do Ikea, Ana Fernandes, “seria interessante ver processos mais simplificados e céleres, nomeadamente a complexidade e morosidade dos processos ligados ao financiamento e loteamento. Seria uma mais-valia no que respeita à abertura de novos espaços comerciais”, por exemplo.
Esta iniciativa do Jornal de Negócios, revela na edição desta quinta-feira, vai ao encontro de uma muito semelhante lançada em Novembro do ano passado pelo ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Poiares Maduro, que promoveu um inquérito junto dos empresários para identificar os principais entraves nas suas atividades.
As respostas serão conhecidas a 15 de janeiro sendo intenção do Executivo analisadas para depois criar um ‘top12’ dos principais problemas que serão posteriormente alvo da ação de um grupo de trabalho que atuará especificamente sobre a “anatomia da entropia identificada”
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