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quinta-feira, 4 de agosto de 2011

A ADSE financia em 200 milhões de euros anuais os serviços de saúde privados e pode ser “um embrião” para o financiamento da saúde em Portugal

A ADSE financia em 200 milhões de euros anuais os serviços de saúde privados e pode ser “um embrião” para o financiamento da saúde em Portugal, sector que corre o risco de colapsar, segundo o presidente da Associação de Hospitalização Privada.

Em entrevista à Agência Lusa, o presidente da Associação Portuguesa da Hospitalização Privada (APHP), Teófilo Ribeiro Leite, sublinhou o volume de financiamento da ADSE (Direção-Geral de Proteção Social aos Funcionários e Agentes da Administração Pública) aos privados, na ordem dos 200 milhões de euros anuais, e que resulta da sua cobertura a 13 por cento da população.

Sem queixas sobre os prazos de pagamento da ADSE às unidades de saúde privadas, Teófilo Ribeiro Leite sublinha que este sistema é “um bom pagador”, logo a seguir aos seguros privados, os quais já cobrem 20 por cento da população portuguesa.

Para este dirigente, a ADSE deve ser vista como “um embrião do que pode ser a evolução do sistema em Portugal”.

“A ADSE cumpre uma função de financiamento de cuidados de saúde que tem sido elogiada e que revela que consegue melhor qualidade e melhor preço do que no Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, disse.

Teófilo Ribeiro Leite garante que os beneficiários da ADSE “sentem-se muito satisfeitos” com a resposta que encontram nos serviços de saúde privados.

Sobre as possíveis alterações do sistema de saúde, que considera estar “em risco de entrar em colapso” se continuar como está, o dirigente sublinha: “O SNS que garante cuidados de saúde gratuitos ou tendencialmente gratuitos aos cidadãos é uma ilusão. Primeiro, porque existem co-pagamentos e, segundo, porque é financiado por impostos”.

Defende, por isso, um debate profundo em torno de alternativas como o modelo holandês, com o qual concorda “inequivocamente” e em que o cidadão escolhe uma companhia de seguros, que não pode rejeitar qualquer cidadão, cabendo ao Estado a cobertura dos que não têm rendimento para tal.

“Portugal tem já um bom exemplo de uma seguradora nacional (ADSE) e outras privadas que apresentam igualmente boas condições”, disse.

Teófilo Ribeiro Leite rejeita liminarmente a ideia de que avançar para uma alternativa destas signifique o fim do SNS, afirmando que este “é uma parte integrante do sistema e ele próprio beneficiaria” com a mudança.

A mudança, garante, “seria pacífica se explicada aos portugueses” e presumiria alterações, como a redução dos impostos que os cidadãos pagam para o sector da saúde e que deveriam ser aplicados no seguro de saúde.

O mercado daria depois a sua resposta: “A concorrência levaria a mais qualidade dos serviços prestados”.

Ideia que a APHP apresentou já ao ministro da Saúde, Paulo Macedo, sobre quem o presidente da associação destaca que o governante tem vindo a enfatizar que tutela o sistema e não apenas o SNS.

Da parte do sector privado, Teófilo Ribeiro Leite acredita que as perspetivas são de crescimento, estando prevista a abertura de mais unidades este ano e nos próximos.

Em 2010, os 1.000 milhões de euros de faturação prevista foram já “ultrapassados” e o setor privado assegura agora 50 por cento das consultas, 25 por cento dos internamentos, 15 por cento das camas e cinco por cento dos episódios de urgência, segundo dados da APHP.
«Lusa»

2 comentários:

Anónimo disse...

Recebi o link para este video do youtube ha´pouco, no qual o presidente da Camara de Vila Real de Santo Antonio,Luis Gomes, dando uma entrevista a televisao cubana, fala da saude dos portugueses e meandros legais que, pela sua pertinencia e actualidade vale a pena ver, ouvir e tirar conclusoes.
sigam este link:

http://www.youtube.com/watch?v=SShNMNardCI&feature=player_embedded

Anónimo disse...

Quer dizer o homem cuida dos municipes mais necessitados levando-os a Cuba para serem tratados devido a incapacidade do nosso sistema de saude e ainda vai ser julgado por cometer ilegalidades.
Naturalmente para os acusadores, "LEGALIDADE" deve ser deixar andar sem cuidar e seja o que Deus quiser.
Louvado seja Deus!
Por serem cubanos a tratar as pessoas? E os medicos cubanos que o governo contratou? Assim pode ser?
Que grande corja de hipocritas tomou conta deste rectangulo.