.

.

.

.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Nem nos anos 80, com o FMI em Portugal, a tendência do consumo caiu tanto


As famílias portuguesas contraíram o consumo para níveis nunca vistos. Nem na segunda intervenção do FMI em Portugal, entre 1983 e 1984, a queda foi tão agressiva, mostra o indicador coincidente do Banco de Portugal, divulgado sexta-feira. A tendência de consumo caiu para -3,4 pontos em Julho, o valor mais baixo desde que começaram a ser recolhidos os dados, em 1978. Este foi o oitavo mês consecutivo em que a tendência do consumo privado contraiu, sinalizando que a componente responsável por mais de dois terços do produto interno bruto (PIB) será fortemente negativa este ano.
A tendência recessiva foi ainda confirmada pelo indicador de actividade económica. Os dados do Banco de Portugal mostram que o nível de actividade económica está no vermelho há já seis meses e que se reduz consecutivamente há pelo menos um ano. Este é, aliás, o valor mais baixo desde Julho de 2009, altura em que Portugal estava em recessão. O indicador coincidente de actividade caiu para -1,6 pontos e os dados registados de Janeiro a Julho degradaram-se para -0,8 pontos, um valor bem abaixo do verificado no ano passado (um ponto).
Esta informação vai ao encontro dos números divulgados na semana passada pelo Instituto Nacional de Estatística, que perspectivam também um abrandamento da actividade económica e uma degradação das expectativas tanto das empresas, como dos consumidores.
Por: Jorbi

1 comentário:

Jorbi disse...

BCE injecta 36 mil milhões para travar juros da dívida


O BCE compra montantes recorde de dívida dos países do euro pela segunda semana consecutiva.

O BCE compra montantes recorde de dívida dos países do euro pela segunda semana consecutiva.

Duas semanas, dois recordes. Entre 8 e 19 de Agosto, o BCE desembolsou 36,3 mil milhões de euros em obrigações da zona euro.

De acordo com dados divulgados hoje, o Banco Central Europeu (BCE) comprou 14,3 mil milhões de euros em títulos de dívida de países da zona euro na semana passada, abaixo do recorde de 22 mil milhões de euros registado na semana anterior. Trata-se do terceiro valor mais elevado desde que o banco central iniciou o seu programa de compra de obrigações da zona euro, em Maio do ano passado.

No total, em apenas duas semanas, a autoridade monetária da zona euro investiu 36,3 mil milhões de euros em títulos de dívida dos países da zona euro para tentar travar a escalada dos juros.

Depois de 19 semanas sem intervir no mercado, o BCE foi "obrigado" a entrar no mercado secundário no dia 8 de Agosto, quando começou a comprar dívida espanhola e italiana depois de os líderes europeus não terem conseguido convencer os investidores de que são capazes de resolver a crise de dívida. Desde essa altura, os juros das obrigações dos dois países já desceram dos máximos da era do euro para valores abaixo dos 5% nos prazos inferiores a 10 anos.

Estas duas semanas em que o BCE voltou a estar activo no mercado coincidem com um período de forte convulsão nos mercados, marcado pela escalada dos juros e pelos tombos nas bolsas, perante o acentuar dos receios em relação à crise de dívida europeia e as previsões de nova recessão nos Estados Unidos, a maior economia do mundo.

Desde que começou o programa de compra de dívida dos Estados-membros, o BCE desembolsou um total de 110,5 mil milhões de euros na compra de obrigações da zona euro.