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terça-feira, 30 de agosto de 2011

Furtos de cobre assolam a região


Nos primeiros sete meses deste ano, o comando territorial de Santarém da GNR recebeu 542 queixas de furtos de cobre, um número que corresponde a um crescimento de 23 por cento em relação a igual período do ano passado (441).
Segundo dados fornecidos à agência Lusa, a grande maioria das queixas apresentadas à GNR são feitas pela EDP (287 em 2010 e 316 este ano), seguindo-se os furtos de cobre em pivôts de rega (44 em 2010 contra 58 este ano).
Os furtos em propriedades agrícolas, residências, obras e armazéns regista igualmente um crescimento (de 39 em 2010 para 64 este ano), o mesmo acontecendo com os furtos de cobre em telecomunicações (com as queixas a subirem de quatro para 24). Seguem-se os “outros” furtos com 80 queixas (contra as 67 do mesmo período , mas do ano passado).
Apesar da grandeza dos números, o comandante da GNR no distrito, Corte-Real Figueiredo, disse à Lusa que estes ficam muito aquém da realidade, porque muitos agricultores ou não chegam a apresentar queixa ou quando se apercebem dos furtos já passaram alguns dias.
O elevado número de furtos no campo – que, além do cobre, inclui furtos de cultura e gado – deixa os agricultores e as associações que representam “muito preocupados”.
No seu entender, só com penas mais pesadas é que o crime deixará de compensar, pelo que os agricultores querem que os tribunais passem a considerar não apenas o valor do produto furtado mas sim do prejuízo global causado.
Por outro lado, pedem ainda mais fiscalização, tanto policial como das Finanças, quer junto dos receptadores de cobre como junto dos vendedores de beira da estrada.
Segundo uma das organizações, os agricultores têm vindo a aderir ao sistema de vigilância que resultou de um protocolo entre o Governo Civil de Santarém e o Ministérios da Agricultura, com a colocação de alarmes nos pivots de rega, mas, frisou, a medida não será eficaz se não houver resposta imediata das forças de segurança.
Por outro lado, estão a inventariar os equipamentos para as rotas das patrulhas da GNR tenham em conta os locais de potencial risco.
Para o comandante territorial da GNR, é impossível pensar que pode existir um militar junta de cada pivot ou de cada poste da EDP, pelo que a instalação de alarmes nos pivots e nos barracões agrícolas, que dão o alerta na sala de situação da GNR, permite uma resposta mais rápida. “Este é o caminho” disse à Lusa.
CR

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