Os rumores de austeridade parecem ter passado ao lado dos gestores públicos, pelo menos no que toca aos gastos com telemóveis. Destaque para Fernando Pinto, presidente da TAP, que gastou mais de 750 euros por mês em 2010.
O Jornal I noticia esta manhã que as faturas de telemóvel dos gestores públicos aumentaram cerca de 20% de 2009 para 2010. Na sua análise são consideradas as 15 maiores empresas públicas do país.
Apesar do congelamento de prémios de gestão e dos cortes salariais, os 75 principais gestores destas empresas, em conjunto, gastaram cerca de 141,6 mil euros no ano passado.
Os números assustam, mas também não há que pecar pelo exagero. O Juiz Presidente do Tribunal Central de Instrução Criminal, Cardoso Alexandre, desistiu de usar o telemóvel pago pelo Estado porque lhe impuseram um plafond de 15 euros que, quando ultrapassado, não lhe permitia fazer uso do aparelho. Almerindo Marques, ex-Presidente das Estradas de Portugal, por seu turno, não apresentou gastos nos últimos três anos.
As empresas onde se registaram mais gastos foram a Caixa Geral de Depósitos (CGD) e a TAP (Transportes Aéreos Portugueses).
Os administradores da entidade bancária gastaram 33,7 mil euros em 2010 (mais 54% que no ano anterior) e os seis gestores da transportadora aérea gastaram 20,6 mil euros em telemóvel. Fernando Pinto, presidente da TAP, destaca-se por ter ultrapassado o limite máximo anual imposto pela assembleia-geral da empresa (9000 euros), gastando 9124 euros.
Nestes gastos, além das chamadas e mensagens, incluí-se o o acesso à internet.
Entre as empresas analisadas, apenas a Carris, os CTT e a ANCP reduziram os gastos com telemóvel.
Artigo enviado por um leitor que o obteve no "Sapo"
Os nossos agradecimentos
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