Artigo de OpiniãoPor: Sommer
A malta anda toda "chocalhada" já se ouve dizer que os políticos são todos iguais, que o que interessa é mentir para ganhar eleições e até o prof. Marcelo alega que "os políticos antes de entrarem para o governo dizem uma coisa e quando lá chegam fazem outra"
Agora foi Miguel Relvas que descobriu mais de 6,7 milhões de dívida não declarada. São 687 facturas não contabilizadas que os actuais responsáveis do Instituto do Desporto de Portugal (IDP) encontraram ‘escondidas' numa sala trancada do instituto e que, no total, somam mais de 6,78 milhões de euros. O caso segue para averiguação.
Os do costume irão dizer que afinal enquanto oposição e ao ganharem as eleições "estes" já deveriam contar com dívidas ou então "se não sabiam tinham obrigação de saber".
Afinal não é só nas autarquias que há dívidas escondidas, pelos vistos na governação central também as há. A única e principal diferença é que se os governos forem da mesma cor o "zé povinho pagante" nunca sabe de nada.
Cá como lá é preciso que se mudem as cores para irmos sabendo das dívidas. Cá como lá ultrapassam-se limites da dívida; pedem empréstimos como "factorings"; "leasings"; "ALD's"; "Rendas" e uma panóplia de nomes que mais não são que empréstimos mascarados. Mas pior é o que está escondido, as tais facturas "não contabilizadas". Em muitas autarquias mal se chega a meio do ano acaba-se o dinheiro nos orçamentos e então tudo se compra como se houvesse dinheiro, mas a requisição essa emite-se mais tarde, no orçamento do ano que vem, vai varrendo o lixo para baixo do tapete, quem vier atrás que feche a porta, "não há cabimento" é a resposta que ouvimos do outro lado do telefone.
"Cabimento" é a palavra mágica que obriga a ter orçamentado tudo o que se compra ou tudo o que se mande fazer. Mas há muito que as câmaras se habituaram a manter o mesmo "nível de vida" era preciso parecer bem e ganhar eleições e é assim cantando e rindo que alguns deixam para quem vem atrás autênticas montanhas de dívidas num enredo que tolhe braços e pernas de movimentos e deitam abaixo até as ideias mais simples.
Quem se queixa é que é apontado de pouco honesto e de se desculpar com as dívidas dos outros.
Ainda bem que anda por aí a TROIKA, ainda bem que outras troikas por aí irão andar. Não digo ainda bem por nos emprestarem dinheiro, digo ainda bem por fiscalizarem, para que ao menos as edilidades não mintam às assembleias municipais e a quem os elegeu. Sejam honestos!
Se não podemos trazer cá o Tony Carreira, que tragam a Casimira Alves mas... que nos governem com honestidade. É um mínimo que se exige.
Um bem haja aos autarcas honestos... já vai havendo bem poucos
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