Tudo verdade. O Serviço de Finanças é implacável. É certo que muitos cidadãos pelo seu comportamento do deixa andar, do viver à grande e não pagar nada a ninguém, não merecem outra coisa mas, a verdade, é que acabam por pagar os justos pelos pecadores.
Também sou do tempo dessas medidas do alqueire e da rasoura.
O meu pai, camponês que também fazia essas searas de partilha, falava muitas vezes da maneira como eram tratados pelos feitores, abegões e capatazes desses senhores. Muitos roubavam mesmo às claras para o patrão na hora de repartir as colheitas já nas eiras. O meu pai falava-me que faziam searas ao terço. Eram dois terços para o patrão que dava normalmente a terra e as sementes e um terço para quem cultivava, trabalhando de sol a sol.
Por isso, vivíamos numa miséria franciscana. E os ricos faustosamente.
Embora isto agora não esteja bom, nada é comparável com esses tempos.
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