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quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Que triste sina a nossa.

Por L.A.

Apoio vivamente esta medida e a sua aplicação. Só peca por tardia. É uma pouca vergonha estes senhores dos partidos políticos que estragam toneladas de papel nas campanhas, equivalente a milhares largos de euros, estarem isentos de um dever que é de todos os portugueses que têm um "buraco" para viver.
Portugal sempre foi um eldorado para os políticos e amigos dos políticos.
Quanto ao governo atual, embora reconheça que tem sido demasiado duro com muitas medidas que tomou, veio olhar um pouco pelos mais desfavorecidos. Talvez para se redimir dos inúmeros pecados que cometeu.
1) Isentou os contribuintes de baixos rendimentos na taxa do IMI cujo património não exceda os 16.800.00€. Pena que muita gente desconheça a lei e este benefício tenha de ser requerido.
2)Isentou de taxa moderadora em todo o Serviço Nacional de Saúde os utentes que integrem agregado familiar cujo rendimento médio mensal seja igual ou inferior a 1,5vezes o valor do indexante de apoios sociais (IAS), equivalente a 628,83 euros. 
Pode não ser muito mas, pelo menos, fez aquilo que o PS enquanto governo não fez por quem mais necessitava.
Estas pequenos gestos são muito importantes para quem tem pouco.
O PS, na minha perspetiva, interessou-se sempre mais pela classe média que ajudou a construir e que serviu durante muitos anos de sua principal base de apoio.
Muitos portugueses ficaram revoltados, com alguma razão, porque este governo lhes tirou 300.00€ da sua reforma de 2800.00€. E o que dizer de mais de metade da população que tem uma reforma ou rendimento do trabalho de 300.00€ mensais? Alguns com despesas mensais na farmácia de 150.00€, e por vezes mais.
Alguma coisa andou mal neste País de poetas revolucionários e políticos de carreira com ar distinto.
Não era suposto estarmos nesta penúria ao fim de quarenta anos de democracia trazida pela revolução dos cravos.
Fizemos a Revolução de Abril a sonhar com a equidade, com a justiça social e uma melhor distribuição da riqueza. Quatro décadas depois verificamos que a Justiça é uma quimera ou coisa remota e a pouca riqueza que há, continua como antes nas mãos de alguns.
Que triste sina a nossa.
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1 comentário:

Anónimo disse...

Rectificação:
Por lapso foi dito que a isenção do IMI poderá ser pedida por famílias de baixo rendimento económico cujo património seja inferior a 16800.00€. Na verdade esse valor patrimonial com direito a isenção para agregados familiares com um rendimento bruto igual ou inferior a 14630€/ano, situa-se nos 66500.00€.
Assim é que está correcto e faz todo o sentido. 16800.00€ seria apenas o valor de uma simples garagem.
Fica a correcção e o alerta para quem se encontre nas situações descritas e queira usar dos seus direitos.