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domingo, 8 de setembro de 2013

Que haja uma campanha limpa

Por: José Carvalho
Tanto quanto sei  a tal sessão pública ocorreu na 6ª feira. Além de não se ter convidado alguns interessados (nomeadamente o JA e as outras candidaturas), devo confessar que fiquei (ou não) surpreendido pelo dia e hora da referida sessão pública: uma Sexta-Feira (dia em que as pessoas trabalham) às 20:30 (hora de jantar e, por sinal, hora a que a Selecção Nacional de Futebol jogava). Não me parece que o intuito era ter muita assistência. Ainda assim, fosse a que horas fosse, na 6ª feira era-me impossível estar presente (aliás, já o tinha dito). No entanto, no sentido de não obter qualquer informação distorcida, tinha pedido ao Sr. Paulo Sardinheiro para me informar (dado que é com ele que tenho dialogado). Até ao momento, nada foi publicado dessa tal documentação. Se foi admitido (foi?) que existiam dívidas à AT (não sei se existiam dívidas à SS), então as mesmas já terão sido certamente liquidadas. No entanto, não vejo como isso poderá ser um ponto positivo. Afinal de contas, se o fez ainda bem que o fez. Não fez mais que a obrigação dele. Todos nós o fazemos (eu faço-o)! Terá sido pago com valores próprios? Ou foi mais um empréstimo bancário? Ou houve um terceiro que liquidou essas supostas responsabilidades? Resta saber se foi apresentada o mapa de Centralização de Riscos de Crédito do Banco de Portugal (com data referência de 31-05-2013 e 06-09-2013). Que seja facultada essa informação e os comprovativos da AT e da SS. Certamente não lhe será difícil obter essa informação Sr. Paulo Sardinheiro. Se o próprio Sr. Francisco Cunha a quiser apresentar, esteja à vontade. É bem vinda a sua colaboração, como de qualquer outro. Até que tal seja feito, em termos de transparência (porque é disso que se fala), os outros dois candidatos têm uma vantagem substancial e indesmentível. O resto, só nas urnas se saberá. Uma vez mais, não são acusações: constato informações públicas estatais que apenas carecem de confirmação através do Número de Identificação Fiscal do Sr. Francisco Cunha (mas, desde Abril, ninguém do movimento me quis confirmar tais dívidas). Mas o desafio já foi feito inúmeras vezes. Se o que apregoam aos 7 ventos são as qualidades de gestor  além da questão pessoal (dados já pedidos no início deste post), que apresentem os mesmos documentos relativamente às empresas em que o candidato é accionista. Ou não se pretende que haja uma campanha limpa?!?

Quanto ao Jornal Alpiarcense, no início deu uma cobertura desmedida ao movimento (quando comparando com a cobertura que dava aos outros movimentos - aliás, cheguei a falar com o Sr. Centeio umas quantas vezes a propósito da campanha que o próprio jornal acabou por fazer nalguns momentos). A posição do TPA (não confundir com Terminal de Pagamento Automático, sff) relativamente ao JA mudou substancialmente derivada das inúmeras questões (sem resposta) que já duram há mais de 5 meses. Se se pretendesse esclarecer as coisas, estas mesmas questões já haviam ficado esclarecidas. As perguntas que fiz, já sei, vão ficar sem resposta cabal. Como poderei eu (e outros) votar no TPA sem os devidos esclarecimentos...?
Aguardo, uma vez mais, resposta concreta e objectiva às questões colocadas.
Obrigado 

5 comentários:

Anónimo disse...

Ó meu caro José, você está a pedir o impossível. Acha que esta é ou irá ser uma campanha limpa?
E de quem é a culpa, será só de um ou dois? Claro que não.
O problema é, como disseram aqui alguns autores, o medo que os partidos têm uns dos outros. É a possível divisão de votos que o Movimento veio trazer para os dois partidos que aqui alternadamente sempre foram poder. E 500 ou 600 votos em Alpiarça podem fazer toda a diferença para qualquer um destes dois partidos. Esta é que é a verdadeira questão que, apenas dois ou três colaboradores do Jornal Alpiarcense colocaram nestas páginas com toda a frontalidade. O resto limita-se a discutir o sexo dos anjos e outros assuntos de lana caprina que só servem para desviar as atenções da verdadeira inquietação, diria mesmo aflição, causadora deste pânico e confusão entre políticos e apoiantes.
Estamos perante uma nova realidade local, quer queiram quer não queiram e, isso é que deixa por aqui muita gente nervosa e ansiosa que chegue o dia 29 para acabar de vez com o "sofrimento".
Não devemos subestimar quem parecendo que não, continua atento aos fenómenos sociais e políticos da sua terra.

Anónimo disse...

É assim mesmo Zé Carvalho, quem fala assim não é gago. Eu insistiria com o Sardinheiro até ele vir aqui prestar os esclarecimentos que lhes competem.

José Carvalho disse...

Honestamente, impossível penso que não seja. Mas lá que anda perto disso, anda. Ainda assim, julgo que a transparência que (quase) todos pretendem merecem que as pessoas falem no assunto. Do mesmo modo que acredito que ninguém cá virá dar os esclarecimentos pretendidos... mas espero, sinceramente, que esteja profundamente enganado. Ou não?

Verdade seja dita: ninguém é obrigado a dizer o que quer que seja. Estão no seu direito. Tal como eu (pelo menos) estarei relativamente ao que irei pensar desse silêncio.

Anónimo disse...

O Sr. José Carvalho, vem para aqui numa de moralista melhor nos justificasse o incumprimento do programa eleitoral da sua CDU.

José Carvalho disse...

O Sr. Anónimo das 00:40 tem nome? Certamente terá. Se reparar, nunca opinei sobre os programas eleitorais anteriores (no caso da CDU) ou presentes (relativamente a todas as candidaturas). Mas facilmente será perceptível que não foram executadas todas as medidas sendo que, de acordo com o relatório do Tribunal de Contas, a dívida presente da CMA diminuiu. Tanto o actual executivo como o próximo (ou próximos) terão como ponto essencial a diminuição da dívida para valores razoáveis. Ou o que se pretende é betão em bruta? É que é assim que se costuma apresentar "obra feita" neste país. Julgo que é preferível estabilizar as contas e só depois começar a fazer projectos SUSTENTÁVEIS de modo a promover o melhoramento das condições de vida (quer ao nível estrutural, ambiental e social) da vila. O Sócrates, Durão Barroso e tantos outros optaram pela política do betão. A obra está feita e isso é indesmentível. Mas de que serve termos 500 (número exagerado propositadamente) auto-estradas pagas (e bem pagas) como desvios orçamentais brutais se não há dinheiro para as utilizar? Além de que, pela 4ª ou 5ª vez (o Sr. Anónimo deve estar desatento), devo dizer que o meu único cartão partidário era da JS. Portanto, possivelmente estará equivocado e se esteja a referir ao PS. É isso? É verdade que já votei CDU, PS e em branco (mesmo quando o meu pai fazia parte da lista da CDU). Portanto, se julga que a orientação política de qualquer familiar meu me condiciona na escolha do partido político em que votarei (seja PS, CDU ou até PSD - como também já disse, a nível local interessam as pessoas, não os partidos) está muito enganado. Além de que o voto em branco é algo pelo qual já optei por diversas vezes. Aconselho-o, vivamente, a rever o seu comentário.

Quanto ao moralismo a que se refere, guio-me pela justiça e - na medida do possível - pela exactidão. Se quiser misturar moralismo e justiça, tudo bem. A mim não me choca nada. Mas terá de me perdoar por não aceitar qualquer tipo de justificação sem a questionar. Chame-lhe defeito pessoal ou profissional. É-me totalmente indiferente como tal é classificado. Quem me conhece (e aí são muito poucos os que realmente me conhecem) sabe que as coisas não funcionam dessa forma. Pensar é, não só, um direito como um dever de cada um. Eu gosto de me dar a esse luxo. Aconselho vivamente!

Com os melhores cumprimentos,

José Carvalho