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domingo, 8 de setembro de 2013

"País que não trata bem os seus idosos não honra a sua história"

O secretário-geral do PS frisou ontem que “um país que não trata bem os seus idosos não honra a sua história”, criticando o "governo insensível", que diz estar a preparar-se para implementar mais cortes.
“Este país tem um dever para com os portugueses mais idosos, porque o nosso presente é fruto do trabalho dessas mulheres e desses homens que criaram os seus filhos e com trabalho deram o melhor de si para este concelho, para esta região e para o nosso Portugal”, afirmou António José Seguro durante uma ação de campanha do candidato PS em Santa Maria da Feira, Eduardo Cavaco, que reuniu ontem à noite no Europarque, de Santa Maria da Feira, cerca de duas mil pessoas.
Lembrando visitas que fez durante o dia de sexta-feira pelos concelhos de Ovar e São João da Madeira, Seguro lamentou os discursos que ouviu de “angústia e incerteza” que diz dominarem “a maior parte dos reformados e dos idosos no país”.
“As pessoas, os portugueses, os reformados, os idosos não aguentam mais sacrifícios e, por isso, eu tenho dito (…) que é necessário parar com os cortes”, sublinhou o socialista, referindo que “os cortes que se preparam são superiores a quatro mil milhões de euros”.
Seguro criticou o Governo que, “insensível a esta realidade”, se “prepara mais cortes para depois das eleições autárquicas”, incluindo “nas pensões de sobrevivência”.
O líder socialista acrescentou ainda que Portugal é não só “um país onde os idosos não têm presente”, mas também onde “os jovens veem o seu futuro cada vez mais longínquo, com um primeiro-ministro a dizer que a única solução é a emigração”
“Para o atual Governo, os portugueses são o problema. Para nós, no PS, os portugueses são a solução”, sublinhou Seguro, para quem só “juntando todos os portugueses” será possível “vencer a crise”.
Durante a tarde de sexta-feira, António José Seguro visitou os concelhos de Ovar e São João da Madeira, na companhia de Vítor Rodrigues e Luís Miguel Ferreira, cabeças-de-lista do PS às respetivas autarquias.
Em Ovar, Seguro contactou com os utentes do Centro Social Cortegacense, onde, em tom informal, ouviu as apreensões de vários idosos quanto às elevadas taxas moderadoras, o custo dos medicamentos e transportes em ambulâncias, assim comos os cortes nas pensões.
Acolhendo 47 seniores no lar e servindo ainda 40 outros utentes no centro de dia e serviço de apoio domiciliário, a direção do Centro Social manifestou-se preocupada com o novo regime de IVA para obras levadas a cabo por instituições de cariz social.
Em São João da Madeira, o líder socialista dividiu-se entre a sede de candidatura do PS e uma caminhada até à Praça Luís Ribeiro. Começou por ser presenteado com lápis de fabrico local, personalizados com o nome dos seus filhos, e à custa disso recordou os tempos em que trabalhou na Papelaria Seguro, que era do seu pai.
Antes de sair para a rua para ouvir munícipes e cumprimentar comerciantes, Seguro ainda apoiou Luís Miguel Ferreira quando esse disse que era preciso afastar "o Governo salazarento" de Passos Coelho. Depois, sintetizou prioridades: a nível nacional, apoiar as empresas na criação de riqueza; a nível local, eleger um executivo "mais virado para as pessoas que precisam de emprego e que já trabalharam uma vida inteira e agora estão a ser sacrificadas".
«NM»

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