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quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Quando Paulo Sardinheiro se afastou do projeto politico do PS

Por Paulo Sardinheiro

Que boa memória... lembro-me perfeitamente desse episódio, tal e qual o contou. O meu pai sempre foi muito cauteloso nas imprudências próprias da juventude, mas mesmo naquela altura tinha o cuidado do respeito e da saudável convivência entre pessoas do mesmo "bairro" . O picante ficou pelos picos e ninguém saiu lesado dessa minha participação ao microfone.

Mas pegando na bicicleta e dando uma volta até aos dias de hoje, e após 4 anos a defender o que era passível de ser defendido, sem entrar em demagogias baratas que só levavam as Assembleias para horas tardias, decidi afastar-me. O projeto socialista que apareceu não se quadonava com a minha forma de estar na politica. Vícios de quem é estreante talvez, mas convicto de que o caminho correto seria esse desliguei-me após janeiro de 2013 do que dali havia de sair. 
Mais tarde, e só muito mais tarde, senti novamente o apelo de contribuir para o desenvolvimento do concelho. A amizade que se veio a fortalecer com o Mário Santiago e o António Moreira ao longo dos últimos anos proporcionou algumas conversas francas sobre a forma como devemos estar na Politica em Alpiarça, que interesses se movimentam por detrás dela e a influência dos atores principais nos destinos da nossa terra. Cada um tinha a sua história, e todas juntas causaram uma inquietude tal, que no fez oscilar entre o Dever e o Deixar Andar.
O Francisco já nos tinha abordado, a todos, mas a resposta era comum – o de não envolvimento. Até que numa bela tarde, em conjunto, decidimos colocar o Francisco e o seu projeto à prova. Marcamos reunião para as 9 da noite e, nesse momento, questionamos tudo o que havia para questionar sobre ideias, projetos, histórias mal contadas, quem estava e quem não estava, e quem poderia estar. O Francisco foi literalmente esmifrado sobre o que pretendia para Alpiarça, e ao fim de 3 horas de conversa, debaixo de alguma tensão (porque sabíamos o que viria depois), sentimo-nos alinhados com a visão com muitas das ideias partilhadas. Nesse dia acordamos por unanimidade integrar a equipa do Francisco e começar a trabalhar. 
Pegando na sua frase, posso dizer-lhe que das 100 formas diferentes que pego na bicicleta, em nenhuma delas vou parar ao chão. Este projeto passou a ser meu, para o bem e para o mal, e sei que é partilhado com todos que estão no TPA. 
Quanto ao andar de bicicleta ao contrário, presumo que estará a referir-se às portas que se abrem quando se entra nas estruturas partidárias e se vai por aí a fora fazendo networking e subindo na vida. De facto, esse é um tema que veio à tona sempre que questionei alguém sobre a real motivação de integrar uma lista sem conhecer as ideias e os projetos. Creio que ao pensarmos assim estamos a colocar os Interesses Pessoais à frente dos interesses das pessoas que nos elegem, e não sendo carreirista político dou-me a esse luxo. Pode até pensar que sou um idealista, bom….. digo-lhe que tenho alguns ideais sim. Por mais absurdo que lhe pareçam este ideais, ambos sabemos que quando se espreme um partido politico o sumo que cai no copo é rico em vitamina IP. 
Noticia relacionada:
Paulo Sardinheiro: "quando era um puto inconsequen...": 

6 comentários:

Anónimo disse...

Olá. O jovem inconsequente deu lugar a um homem. Consequente?
Estar na política? Ou querer estar e SEMPRE com MUITA visibilidade? Vaidade ou egocentrismo? Nenhuma delas? É tudo SÓ POR ALPIARÇA?

L.C.

Anónimo disse...

Não me diga que o Sardinheiro está a ocupar espaço que está a ser dividido entre o PS e a CDU nesta página do Blog. É que quem dá uma vista de olhos até parece que só existem duas força politicas em Alpiarça. Vocês sabem muito....

Carvalho disse...


Paulo
Não te condeno por teres abraçado um desafio politico, que admito ter mexido com a vida politica em Alpiarça.
Não podes negar que o que é mais importante para ti, é o facto de participares activamente nas propostas, no programa, nas ideias, na logistica, em resumo ser mentor.
No PS podias ter sido, e sabes, tenho a certeza que naquela sede há espaço para todos.
Mas naquela sede há regras, e democráticas, e o candidato do PS que tu apoias te, com todo o respeito que me merece, perdeu as eleições internas.
Nesse dia, e a avaliar, pela tua prestação na reunião da apresentação dos candidatos do PS antes dessas eleiçõe, percebi(e eu confidenciei isto a duas pessoas) que o teu rumo era outro.
Ali já não fazias nada, já não serias tu a abrir o teu Ipad ou PC ou ambos, e debitares todos os teus pensamentos, ideias, projectos, erros, etc.

Anónimo disse...

Ou seja o que leio é que o Paulo apoiava a Regina e como tal era o comandante das operações. Agora já não iria ser o comandante, já não abriria o seu Ipad nem o seu Imac, nem debitava pensamentos, ideias, projectos, erros, etc

Anónimo disse...

Sobre as considerações do sr Paulo Sardinheiro, pessoa que não conheço pessoalmente, ocorre-me o seguinte: não estará o sr Sardinheiro enganado quando diz que ele o os outros"esmifraram" o sr Cunha? Não terá sido o sr Cunha que os "esmifrou" a eles? Senão vejamos. Depois de tanta conversa sobre independentes, sobre ética, sobre honestidade, etc. como compreender que os tais "esmifradores" pactuem com a aldrabice que é esta lista que, sendo do PSD, não se assume como tal? E como entender que, em seu nome seja publicado e distribuído um panfleto para uma chamada "festa Sensações" com entrada livre, com a receita (de quê?) a reverter para os Bombeiros (tema popular na actualidade e que pode enganar muita gente) e que usa o emblema dos Bombeiros- Secção Cultural... (misturando esta Associação na campanha eleitoral, não sei se com autorização) e fazendo passar quase despercebido que tudo isto é um acto de campanha do PSD "Todos por Alpiarça"? De facto o "Todos por Alpiarça" confunde-se ( eu diria esbate-se) no panfleto e nem a mais pequena referência a quem paga as contas, o PSD.
Por tudo isto (e muito mais), pelo uso destes processos tão "transparentes" vou repetir: não foi o sr Sardinheiro e os seus amigos que "esmifraram"o sr Cunha, mas o sr Cunha que os "esmifrou" a eles.

Anónimo disse...

Não sou apoiante de nenhum partido nem sequer de nenhum dos 3 candidatos, pois sinceramente, nao vejo qualidades necessárias em nenhum dos 3 mas passando à frente esta parte só queria "esclarecer" o anonimo das 15:45 pois nao me parece muito dificil de perceber como é que, e mesmo tendo a tal festa do TPA entrada livre, as receitas da mesma possam reverter para os bombeiros. É simples, sendo eu ainda uma pessoa jovem, sei muito bem que quem vai a estar festas costuma beber (muito, por vezes), ora então serão as receitas das bebidas vendidas que poderão reverter para os bombeiros (nao discutindo se eventualmente la chegara algum dinheiro ou nao).
Aqui fica o esclarecimento!