Em artigo publico no “Económico” Mário Soares considera "uma vergonha" o tratamento que as instituições da União Europeia estão a dar à Grécia.
Uma “vergonha” porque a “Grécia é a pátria e a inventora da democracia, da ciência e da cultura".
Supostamente o antigo Presidente da República deveria estar a referir-se à Grécia antiga porquanto nos dias que correm e das alterações que a sociedade sofreu não deve ser considerado “uma vergonha” o tratamento aplicado á Grécia como as imposições impostas aos países nas mesmas circunstâncias, nomadamente Irlanda e Portugal.
Talvez seja o lado humano de Mário Soares que em certas alturas gosta de se mostrar tolerante como o fez quanto à condenação que Otelo Saraiva de Carvalho sofreu por fazer parte das FP25 que desempenhando na altura o cargo de Presidente da República indultou quem tinha sido condenado por vários crimes “revolucionários” pela simples razão que o “camarada” Otelo era um “símbolo” do “25 de Abril”.
Como a Grécia é a “inventora da democracia” que não passe então pela vergonha que está a passar e porque não, deixar de pagar a sua divida?
Mário Soares de tempos a tempos gosta de mostrar uma certa ironia como foi o que agora aconteceu quando falava aos jornalistas depois de ter apresentado o livro de António José Seguro, candidato à liderança do PS, intitulado "Compromissos para futuro", editado pela Quetzal.
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