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segunda-feira, 4 de agosto de 2014

A origem do melão "Manuel António" para memória futura

Por: Português.pt 
Ao que parece, esta curta versão da origem do melão "Manuel António" tem alguma consistência (ler: "Melão "Manuel António"": ). A não ser assim, já teria caído aqui uma saraivada de protestos tentando desacreditar o autor.

Como eu próprio fiquei com algumas dúvidas, puxei conversa a este propósito com alguns seareiros desses tempos, hoje encostados à bengala, que confirmaram com alguma segurança o que aqui é relatado.
Um dos meus interlocutores, "seareiro" de melão durante mais de quarenta anos, chamou-me à atenção para o facto de esta história da semente espanhola do melão "alinhavado" ter começado nos campos de Vila Franca. Para estes campos deslocavam-se todos os anos próximo da primavera, muitas centenas de famílias alpiarcenses com barracas, camas, fogões, panelas e o necessário para permanecer nos próprios meloais durante toda a safra que durava entre quatro a seis meses.
O melão por eles produzido naquelas terras "salgadiças" onde ainda chegam as marés, era (e continua a ser) de uma qualidade excepcional. Ímpar em sabor, peso e doçura, comparado com o melão produzido em qualquer outra zona do país.
Este melão chegava às toneladas às lojas e mercados das grandes cidades de norte a sul de Portugal.
A sua fama alcançou notoriedade onde era comercializado. De tal modo, que era apresentado muitas vezes como "melão de Almeirim". Segundo alguns testemunhos, haveria nestes campos de Vila Franca, também alguns (poucos) almeirantes seareiros de melão.
Mais tarde a engenharia agrária estudando as características dos solos salgadiços que davam origem a tão apreciada fruta, resolveram enriquecer artificialmente com estes compostos, outras terras vulgares e colher melão já muito próximo da qualidade do original melão de Vila Franca.
Muito mais haverá para dizer, certamente, sobre o melão " Manuel António" "melão de Almeirim” e "melão de Alpiarça".
A temática do melão produzido por esta gente da beira tejo merece um estudo mais sério e profundo que não um simples subsídio como este.
Talvez um dia alguém faça esse trabalho, respeitando a verdade e o rigor histórico, para memória futura.

3 comentários:

Joao Manuel Correia Teodoro disse...

Claro Que O escrito e Correcto,os espanhois sao dos maiores exportadores de melao para a europa,Os agricultores alpiarcences ali junto a recta do cabo muito movimentada,algum deixou ali umas sementes como prova de amizade.
Mas Que O melao Nem e de origem Espanhola,A diferenca e que se agarraram ao negocio con unhas e dentes e com organizacao,Ao passo que o agricultor alpiarcence con o monopolio de terras arrendadas e com conhecimentos nunca o fez,O PORQUE? Essa Seria A parte Mais Importante De Discutir" Mas Talvez todos sabemos" E que continua a ser assim....Ha muitos Anos Existiu uma comissao de productores de melao e muito bem ..que fomentava entre outras coisas a tabela minima para se vender o melao..Mas do outro lado estava o Comprador Sabedor do Negocio,e como toda a gente sabe o melao depois Maduro e colhido se nao for exposto a temperaturas mais baixas,rapidamente se decompoe e nao se pode vender,O COMPRADOR so tinha que esperar como um abutre e atacar no momento certo e claro o produtor com a corda no atravesada era obrigado a vender mais barato ....Isto foi sempre assim por muitos anos e continua a ser,Nunca Houve uma UNIAO dos prudutores para resolver muitos problemas com uma visao um pouco mais a frente ....Agora Commissoes sim esas existiram mas .....nao havendo uniao para criar meios... Nao ha nada..nem com televisao,Ajuda na divulgacao o que ja e bom e a camara esta de parabens nesse sentido. "MAS SO A UNIAO FAZ A FORCA ESSA E A REALIDADE"

Anónimo disse...

Gosto de ler estas pessoas que sabem o que escrevem e não têm papas na língua.
Afinal nem todos são matarruanos e labregos que só sabem dizer SIM a tudo o que lhes impingem.

Anónimo disse...

Esperem pela resposta que agora os defensores do "melão de Alpiarça" e "Manuel António" estão ocupados com a safra ou em merecidas férias. Ainda há muito para dizer sobre o tema certamente.