“RIBATEJO, Gente com Alma”
O escritor, nascido em Alpiarça e
filho de trabalhadores rurais, com a infância e adolescência passada em
Alpiarça, assistiu “in loco” aos tumultos da última metade do século XX por
terras Ribatejanas descrevendo-os de uma forma muito peculiar.
No seu “RIBATEJO, Gente com Alma”
dá-nos a conhecer a “experiência de vida” por acompanhar
“seus pais nos trabalhos agrícolas,
das fazendas e searas, revela-nos episódios pitorescos de pessoas de várias
etnias e classes sociais, bem como dos animais, elementos indispensáveis à
época na ajuda nos trabalhos”.
“RIBATEJO, Gente com Alma” a “memória de um povo"
Os textos retratam
o Ribatejo e as suas gentes. “O desespero do povo, as dificuldades da
época, a sua maneira de ser, cujos personagens são quase sempre familiares”
estão muito bem descritas.
O autor mostra na sua obra toda a
realidade sobre esta terra na Borda-de-Água
e no coração do Ribatejo.
Sempre em convulsão permanente “desde o “Estado Novo, passando pelas sequelas da guerra colonial, à vinda da PIDE, dos “malteses” para as vindimas, até ao 25 de Abril com as suas convulsões e vicissitudes."
Sempre em convulsão permanente “desde o “Estado Novo, passando pelas sequelas da guerra colonial, à vinda da PIDE, dos “malteses” para as vindimas, até ao 25 de Abril com as suas convulsões e vicissitudes."
Custódio Raposo |
Custódio Raposo considera-se um autodidata
por natureza, com um gosto muito grande pelas artes.
No seu livro fala-nos sobre o Ribatejo
oculto, dos cheiros e cores da paisagem Ribatejana porque é existe uma abundância
de culturas, estilos e épocas.
Perpetua assim o “RIBATEJO, Gente com Alma” a “memória de um povo, que com o seu
trabalho, tradições de usos e costumes vindos dos nossos antepassados, de que
herdamos todo o saber e arte de trabalhar com as mãos, assim como, pelo seu
colorido de trajes e cores garridas e vivacidade nas festas e romarias”.
No prefácio, escrito por João Céu e
Silva, outro escritor alpiarcense, diz-nos que o “RIBATEJO, Gente com Alma”
é "uma aventura de memórias e de reconstrução do passado, que tanta falta faz à
cultura de um povo e de um país” para nos adiantar ainda “se
as memórias estão entre os géneros literários mais fascinantes para um grande
número de leitores, a razão a preferência deste estilo residirá na maioria no
facto de permitir viajar no tempo e, nesse mesmo tempo, apelar às próprias recordações”.
Acrescenta ainda João Céu e Silva no prefácio: “Custódio Raposo conta as histórias de quem mesmo descalço dança com as raparigas todas: dos negócios de burros e de mulas com ciganos; das refeições e um tempo de fome em que um pedaço de pão com um bocado de queijo escondido dentro dele e uma laranja era um manjar; da cabrita que cercava o autor para receber ervas apanhadas pelo caminho…”
Acrescenta ainda João Céu e Silva no prefácio: “Custódio Raposo conta as histórias de quem mesmo descalço dança com as raparigas todas: dos negócios de burros e de mulas com ciganos; das refeições e um tempo de fome em que um pedaço de pão com um bocado de queijo escondido dentro dele e uma laranja era um manjar; da cabrita que cercava o autor para receber ervas apanhadas pelo caminho…”
Como diz João Céu e Silva “entrem
no livro e apanhem lá o que quiserem” porque nos permite “viajar
no tempo”.
Um livro a não perder.
O lançamento do livro insere-se no
programa da Alpiagra.Por; António Centeio/JA
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