A família Espírito Santo foi a principal financiadora da campanha de Cavaco Silva à Presidência da República em 2006, tendo doado 152 mil euros. Só Ricardo Salgado contribuiu com 22.482 euros, o máximo que a lei permitia, indica o Diário de Notícias.
Que Cavaco Silva e a família Espírito Santo mantinham uma relação próxima já se sabia. Pelo menos, desde que o Expresso deu conta de um jantar do Presidente da República na casa de Ricardo Salgado, em 2004. Mas só recentemente foram conhecidas as contas relativas às campanhas presidenciais de 2006, reforçando o vínculo entre o ainda chefe de Estado e o então responsável pelo BES.
O Diário de Notícias teve acesso aos documentos do Tribunal Constitucional que provam que a família Espírito Santo foi a principal financiadora de Cavaco Silva à Presidência da República, em 2006, tendo doado para esse efeito mais de 152 mil euros.
Os donativos foram feitos não só por Ricardo Salgado, que deu a verba máxima permitida por lei (22.482 euros), como por outros quatro administradores do universo BES, entre eles António Ricciardi, José Manuel, Manuel Fernando Espírito Santo e José Maria Ricciardi.
A estes devem ainda somar-se os donativos máximos dados a título individual por Rui Duarte Silveira, Manuel Ferreira Neto e Mário Mosqueira, entretanto falecido.
Todavia, importa também referir que Cavaco Silva não foi o único candidato a receber apoios à sua candidatura por parte da banca e que o BES não foi a única instituição bancária associada à sua campanha.
Também João Rendeiro (do BPP), Horário Roque (do Banif) e Paulo Teixeira Pinto (do BCP) apoiaram o atual Presidente da República, da mesma forma que Jardim Gonçalves (BCP) e José Oliveira e Costa (BPN) fizeram ‘jogo duplo’, apoiando tanto Cavaco Silva como Mário Soares.
«nm»
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