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terça-feira, 2 de abril de 2013

Afectados pelas cheias querem responsabilizar o Estado pelos prejuízos

A Associação de Afetados por Inundações e Calamidades (AAIC) anunciou hoje que pretende "responsabilizar o Estado" por não responder às reclamações das comunidades afetadas pelas cheias e apela à criação de um fundo de calamidades.
António Fonseca, presidente da AAIC, afirmou hoje à Lusa que o objetivo da associação, sediada na Ribeira do Porto, passa pela constituição de um fundo de calamidades e pela criação de um consórcio para substituir as seguradoras, algo, que segundo António Fonseca, presidente da AAIC, já acontece em vários países, "no caso de Espanha há mais de 50 anos".
O dirigente recordou que estas mesmas propostas foram apresentadas no ano passado pela AAIC numa reunião com o secretário de Estado da Administração Interna, Filipe Lobo D'Ávila.
António Fonseca lamenta que desde então "nada se tenha feito" para minimizar os danos causados pelas cheias e que o Estado "nunca tenha recorrido ao Fundo de Solidariedade criado pela União Europeia em 2001, ao qual países como a Alemanha ou a Holanda recorrem em situações de calamidade".
Nos próximos dias os elementos da associação, com a colaboração dos peritos reguladores de seguros, vão para o terreno fazer um levantamento das recentes inundações, de forma a calcular os estragos registados.
"A dificuldade não é conviver com as cheiras mas sim com os seus prejuízos", sublinhou.
Na sequência desse levantamento, a associação vai determinar "as medidas a tomar contra o Estado", procurando promover uma "frente reivindicativa", disse o presidente da AAIC.
António Fonseca garante que a associação pretende apenas "atuar com legitimidade na defesa dos afetados pelas cheias e arranjar soluções", como a construção de novas barragens.
«DE»

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