Há países em que os cidadãos conhecem bem os
impostos que pagam ao Estado. Nos EUA, um leitor desprevenido que compra
um maço de jornais e revistas e prepara o pagamento pode sentir-se
enganado ao chegar à caixa porque a conta é acrescentada dos impostos.
Em
Portugal, depois de passar pela caixa do supermercado, ninguém esmiúça
na conta quanto vai para o baú sem fundo do Estado. No entanto, isto é
importante.
O trabalhador por conta de outro em Portugal é um
autómato contribuinte. Descontam-lhe os impostos quando recebe o salário
e paga outra vez impostos quando compra qualquer coisa. Não contabiliza
o que paga e não tem defesa.
Nos EUA, há 235 anos fizeram uma
constituição para proteger os cidadãos dos abusos do Estado. Em
Portugal, há 36, aprovaram um texto constitucional que encarrega o
Estado de tudo, incluindo "abrir caminho para uma sociedade socialista".
E permite ao Estado pôr e dispor, malbaratar o dinheiro de todos porque
quem paga é sempre o contribuinte.
Estar mais atento ao Fisco faria
dos portugueses cidadãos mais activos. Não se pode tolerar um Estado que
acumula défices e se engana nos orçamentos, sem ninguém ser
responsabilizado.
«CM»
Enviado
por um colaborador
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