domingo, 2 de dezembro de 2012

O autómato contribuinte

Há países em que os cidadãos conhecem bem os impostos que pagam ao Estado. Nos EUA, um leitor desprevenido que compra um maço de jornais e revistas e prepara o pagamento pode sentir-se enganado ao chegar à caixa porque a conta é acrescentada dos impostos.
Em Portugal, depois de passar pela caixa do supermercado, ninguém esmiúça na conta quanto vai para o baú sem fundo do Estado. No entanto, isto é importante.
O trabalhador por conta de outro em Portugal é um autómato contribuinte. Descontam-lhe os impostos quando recebe o salário e paga outra vez impostos quando compra qualquer coisa. Não contabiliza o que paga e não tem defesa.
Nos EUA, há 235 anos fizeram uma constituição para proteger os cidadãos dos abusos do Estado. Em Portugal, há 36, aprovaram um texto constitucional que encarrega o Estado de tudo, incluindo "abrir caminho para uma sociedade socialista". E permite ao Estado pôr e dispor, malbaratar o dinheiro de todos porque quem paga é sempre o contribuinte.
Estar mais atento ao Fisco faria dos portugueses cidadãos mais activos. Não se pode tolerar um Estado que acumula défices e se engana nos orçamentos, sem ninguém ser responsabilizado.
«CM»


Enviado por um colaborador

Sem comentários:

Enviar um comentário