O pagamento de metade dos subsídios de férias e de Natal em duodécimos,
em 2013, pode trazer complicações de tesouraria a algumas empresas, no
início do ano. Embora o efeito na despesa com pessoal seja neutro em
termos anuais, os encargos com salários vão subir já em Janeiro, e em
muitos casos a solução terá de passar pelo recurso ao crédito bancário
para fazer face aos encargos acrescidos.
«Obviamente que a medida irá
trazer constrangimentos de tesouraria e aumento dos custos de
financiamento bancário para as empresas», admite ao SOL Joaquim Adegas,
presidente da Associação Portuguesa das Empresas do Sector Privado de
Emprego (APESPE), que representa empresas do sector de trabalho
temporário e recrutamento de pessoal.
O Governo aprovou em
Conselho de Ministros uma proposta de pagamento dos 13.º e 14.º meses,
segundo a qual metade meses será paga em prestações mensais, e a outra
nos prazos habituais. Para os trabalhadores, a decisão do Governo
minimiza o impacto do aumento de impostos em 2013, suavizando o efeito
da sobretaxa de 3,5% e a redução dos escalões no IRS.
Embora
alivie os orçamentos familiares em termos mensais, a repartição de
metade dos subsídios pelo ano inteiro representa uma subida de 8% das
despesas com pessoal já em Janeiro. Embora a situação normalize até ao
final do ano, muitas empresas poderão não ter recursos de tesouraria
acautelados já em Janeiro.
«SOL»
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