Vai ser uma retoma fraca e sem emprego, dizem os mais recentes inquéritos aos empresários portugueses. É assim no sentimento económico, mas problemas concretos na produção interna propriamente dita (na indústria, no comércio)também já estão a aparecer. Em cima disto, as exportações (mesmo expurgando a componente da energia e o efeito Galp), referidas como o motor da economia, começaram a travar de forma clara.
Portugal não está sozinho neste solavanco. Várias economias europeias enfrentam uma vaga de arrefecimento, ao passo que o cenário para os países emergentes é ainda mais sombrio. A fadiga da austeridade e os problemas de transmissão no crédito continuam a manietar as retomas. A de Portugal, incluída. Nos países emergentes, há bolhas especulativas que estão prestes a rebentar: o mercado imobiliário e de construção no Brasil está numa encruzilhada grave.
Em Portugal, embora os níveis de confiança gerais ainda estejam a subir, uma análise mais detalhada às opiniões de cerca de 4710 empresários consultados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) evidencia que o balanço que fazem dos últimos meses é que sustenta o otimismo. Pelo contrário, as perspetivas para os próximos meses são cada vez mais negativas, sobretudo quanto à criação de emprego.
Um dos melhores exemplos, e dos que melhor ilustram essa aparente esclerose da retoma "pós-saída limpa", está no sector dos serviços, um dos mais importantes na formação do produto interno bruto (PIB).
Os dados do INE (já corrigidos da sazonalidade)mostram que os empresários do sector estão relativamente satisfeitos com os últimos meses, com a situação atual, confiantes na procura dos próximos três meses, mas asseguram que não pretendem contratar mais (ver gráfico). Pelo contrário, "as expectativas sobre a evolução do emprego [a três meses] agravaram-se ligeiramente nos últimos dois meses, após a ténue recuperação verificada em maio", observa o INE.
Nos outros sectores, a antevisão dos próximos meses é ainda pior. A sombra que paira sobre o mercado de trabalho estende-se à faturação das empresas. O horizonte é, uma vez mais, os próximos três meses.
«DV»
Portugal não está sozinho neste solavanco. Várias economias europeias enfrentam uma vaga de arrefecimento, ao passo que o cenário para os países emergentes é ainda mais sombrio. A fadiga da austeridade e os problemas de transmissão no crédito continuam a manietar as retomas. A de Portugal, incluída. Nos países emergentes, há bolhas especulativas que estão prestes a rebentar: o mercado imobiliário e de construção no Brasil está numa encruzilhada grave.
Em Portugal, embora os níveis de confiança gerais ainda estejam a subir, uma análise mais detalhada às opiniões de cerca de 4710 empresários consultados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) evidencia que o balanço que fazem dos últimos meses é que sustenta o otimismo. Pelo contrário, as perspetivas para os próximos meses são cada vez mais negativas, sobretudo quanto à criação de emprego.
Um dos melhores exemplos, e dos que melhor ilustram essa aparente esclerose da retoma "pós-saída limpa", está no sector dos serviços, um dos mais importantes na formação do produto interno bruto (PIB).
Os dados do INE (já corrigidos da sazonalidade)mostram que os empresários do sector estão relativamente satisfeitos com os últimos meses, com a situação atual, confiantes na procura dos próximos três meses, mas asseguram que não pretendem contratar mais (ver gráfico). Pelo contrário, "as expectativas sobre a evolução do emprego [a três meses] agravaram-se ligeiramente nos últimos dois meses, após a ténue recuperação verificada em maio", observa o INE.
Nos outros sectores, a antevisão dos próximos meses é ainda pior. A sombra que paira sobre o mercado de trabalho estende-se à faturação das empresas. O horizonte é, uma vez mais, os próximos três meses.
«DV»
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