António José Seguro apresentou a sua moção, em discurso proferido na sede do PS, em Lisboa. Falando sobre os objetivos que tem para o PS, o líder partidário pede a maioria absoluta mas admite levar a votos, no partido, uma eventual coligação.
Para Seguro, “Portugal vive uma situação de emergência social devido à política de empobrecimento dos últimos três anos”. E a sua resposta para a situação está bem definida: um novo governo, que tenha “condições de governabilidade, respeito pela Constituição, ética na política e uma voz firme na Europa”.
Na perspetiva do atual líder do PS – que disputará a liderança do partido nas primárias de 28 de setembro, com António Costa – o “próximo Governo terá a responsabilidade histórica de devolver a esperança aos portugueses”. Para tal, defende, “o país precisa de estabilidade política” e de crescimento capaz de “promover o emprego e a distribuição justa da riqueza”.
O líder do PS admite também a possibilidade de uma coligação caso vença as eleições sem maioria parlamentar, mas dessa possível coligação exclui partidos que queiram abandonar o euro, que “defendam a destruição do Estado Social” ou apostem em privatizações como a da Caixa Geral de Depósitos, da Águas de Portugal ou da RTP. E adianta ainda que estará disposto a referendar entre militantes do PS essa coligação, para que esta não resulte de “arranjinhos de poder ou caprichos pessoais”.
António José Seguro começou o seu discurso avisando que a única novidade que iria apresentar era a "coerência" e, por isso, assumiu que o programa de Governo que agora apresenta é "exatamente o mesmo" que foi apresentado aos portugueses a 17 de maio, o "contrato de confiança" que apontava 80 compromissos.
No seu discurso, Seguro deixou ainda críticas ao seu adversário, considerando que “despropositadamente foi criada uma crise” no PS, isto depois de, nas suas palavras, ter avançado “em circunstâncias muito difíceis” para a liderança do partido.
«NM»
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