António Saraiva propõe que 13.º e 14.º mês sejam integrados nos salários. Teria vantagens para empresas e trabalhadores
O presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) defende que os subsídios de férias e de Natal devem acabar e ser integrados nos salários. Uma medida, diz António Saraiva, que pode trazer muitas vantagens para a economia e deve ser aplicada “a curto prazo” no sector privado e público.
“Vejo com bons olhos a aplicação dessa medida a nível geral. É uma das soluções que se deveria levar a cabo”, diz ao i o presidente da CIP, convicto de que esta alteração teria um efeito positivo na economia, já que “haveria mais dinheiro disponível todos os meses” e seria benéfica para os trabalhadores, que ficariam com “mais dinheiro para fazer face ao aumento do custo de vida”.
As empresas, acrescenta António Saraiva, conseguiriam “gerir a tesouraria mais correctamente” e “não teriam esse esforço adicional” dois meses por ano. “Lamentavelmente vivemos um período em que muitas empresas são forçadas a pagar o 13.o e 14.o mês com atraso. Assim haveria a garantia de que todos os meses seria pago aquele montante”, acrescenta.
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Paulo Caldas deixa a cadeira do poder ao seu número dois Paulo Varanda
Presidente da Câmara do Cartaxo renuncia ao mandato
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O presidente da Câmara do Cartaxo, Paulo Caldas (PS), anunciou esta terça-feira, no final da reunião do executivo municipal, que renuncia ao mandato. Na próxima semana, o ainda autarca deve convocar reunião extraordinária para a tomada de posse do actual vice-presidente, Paulo Varanda, como líder do executivo.
A declaração foi feita no final da reunião de câmara “de forma difícil”, como o próprio reconheceu. Com a voz trémula nalguns momentos, Paulo Caldas disse que tomou a decisão neste momento por considerar que existe estabilidade, apesar das condições exigentes, para na câmara se fazer um bom trabalho por parte de Paulo Varanda e sua equipa.
“Recordo com carinho a visita dos Presidentes da República, a aposta no Cartaxo - Capital do Vinho, os fundos comunitários conquistados e os investimentos que foram possíveis de concretizar na educação, cultura, desporto e segurança. A minha missão no concelho está cumprida. Doze anos é tempo suficiente para sonhar, para ambicionar e concretizar. Os momentos não são fáceis mas há condições para continuar a fazer do Cartaxo uma terra boa, ultrapassando os momentos difíceis que vivemos, sob liderança desta equipa liderada por Paulo Varanda”, declarou Paulo Caldas, com a voz embargada.
Os vereadores da oposição, sempre críticos da gestão de Caldas, desejaram-lhe felicidades profissionais e pessoais. Paulo Neves (PSD) diz que foi um prazer conviver com Paulo Caldas, enquanto Pedro Reis (PSD) elogiou a “inteligência, astúcia e ambição” como homem mas não esqueceu, pelo lado político, que em dez anos de poder muito ficou ainda por fazer em áreas como a juventude e na criação de emprego no concelho. Mário Júlio Reis (CDU) também desejou felicidades a Paulo Caldas e disse deixar para o futuro a necessária reflexão a fazer sobre a sua decisão e o que dela resultar para o concelho.
Regressar ao trabalho de economista como quadro internacional do Banif, dar mais tempo à família e concluir o doutoramento são desejos expressos por Paulo Caldas até 2013, garantindo que até lá não vai pensar em novos projectos políticos. Admitiu ainda que não deu conta da renúncia ao mandato ao presidente da concelhia do PS, Pedro Ribeiro, seu ex-vice-presidente e adversário no partido a nível local.
Quanto a Paulo Varanda diz-se preparado para assumir o barco, sem medo do futuro. “Não será uma grande mudança em matéria de empenho. Há que ter tranquilidade e um conjunto de soluções que o concelho necessita nesta altura em que as pessoas vão precisar de nós.
Se não tivesse confiança nas minhas capacidades não teria aceite este desafio e responsabilidade. É com confiança e em equipa que vamos encarar as dificuldades que vamos encontrar em 2012 e 2013, com um Cartaxo com ambição e futuro”, afirmou a O MIRANTE.
Paulo Caldas havia já anunciado a sua saída da presidência da câmara antes do final do mandato. A 7 de Outubro teve como último acto marcante a inauguração do Parque Central da cidade, que contou com a presença do Presidente da República Cavaco Silva.
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